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Suspeito de participar de briga que matou vascaíno no Rio se entrega


Quinta-feira, 02/09/2010 - 10:49

Um homem se apresentou à polícia, na madrugada desta quinta-feira (2), e diz que seria um dos torcedores envolvidos na briga que resultou na morte de um torcedor vascaíno, pouco antes da partida entre Vasco e Fluminense, há duas semanas, no Maracanã, na Zona Norte do Rio. O suspeito, de 27 anos, está na 17ª DP (São Cristóvão) desde as 4h.

Ele chegou acompanhado de dois policiais militares. Segundo a polícia, no começo da madrugada ele teria ligado para o 190 dizendo que iria se entregar porque era um dos torcedores do Fluminense envolvidos na briga. Segundo a polícia, o ponto de encontro com os policiais militares foi em Benfica. O suspeito disse que é torcedor do Fluminense.

A briga entre torcedores do Fluminense e do Vasco ocorreu na região da Quinta da Boa Vista. O vascaíno Antônio Marcos de Oliveira, de 31 anos, foi levado em coma para um hospital particular, mas morreu dois dias depois.

Antônio era um dos diretores da torcida organizada Força Jovem. Um amigo que estava com ele no dia da briga teve vários ferimentos no rosto e já prestou depoimento. Torcedores do Fluminense também foram ouvidos.

A polícia instaurou dois inquéritos para investigar o crime: um para apurar quem matou o torcedor do Vasco e outro para investigar a participação das torcidas no tumulto, com as punições previstas no Estatuto do Torcedor.

Mãe de vascaíno faz desabafo sobre morte do filho

A mãe do rapaz falou sobre a perda do filho de maneira tão violenta. “Deve ser uma dor muito grande perder um filho por morte natural. Imagina perder um filho massacrado por uma torcida. É muita dor. É uma dor na alma que não tem explicação. É covarde”, desabafou.

De acordo com a assessoria do hospital, a morte cerebral do torcedor foi constatada às 14h20 de terça-feira (24) e a família decidiu doar seus órgãos para transplantes. “Ele vai continuar vivo em algum lugar, em alguma pessoa. Eu vou saber que o meu filho está com o coraçãozinho batendo em algum peito. Isso me conforta”, disse a mãe.

Fonte: G1