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Dedé comenta início de carreira e importância de PC Gusmão
Quarta-feira, 01/09/2010 - 09:47
Quando era criança, os primeiros passos de Dedé no futebol foram debaixo das traves, com luvas de goleiro. Para sorte dos torcedores vascaínos, ele, que já era um dos mais altos entre os amigos, enjoou rápido e foi para a linha. Mas o talento para evitar gols, continuou. Até a chegada na Colina, depois de se destacar no Volta Redonda ao lado do veterano Júnior Baiano, ele teve que superar alguns obstáculos. Mas passou um por um com a mesma facilidade com que desarma os adversários.
Quis o destino que o jogador chegasse a São Januário, mas o Fluminense, onde ele atuou nas divisões de base, sempre esteve próximo ao atleta, que na infância nutria um carinho especial pelo Botafogo, time do seu pai.
- Comecei como goleiro no futsal, por causa da minha estatura. Depois, enjoei e comecei a jogar como volante. Participei de uma escolinha em um núcleo do Fluminense. Tive a oportunidade de jogar no clube, mas não quis abandonar minha família. Depois disso, o Volta Redonda me procurou, aí fui jogar no infantil. Ainda joguei na base do Fluminense por sete meses e voltei para o Volta Redonda em 2007. Em 2008 fui para o profissional. Em 2009, me destaquei no Campeonato Carioca e tive a chance de acertar com o Vasco.
Na sua cidade natal, Dedé tinha na porta ao lado um grande incentivo para a carreira, o vizinho Felipe Melo, revelado pelo Flamengo e que defendeu a Seleção Brasileira na última Copa do Mundo. Orientado pelo técnico PC Gusmão, o defensor, um dos principais destaques do Vasco no Brasileiro, quer agora começar a construir sua história com a camisa amarela.
Confira a entrevista completa do zagueiro:
O futebol sempre foi sua única atividade? Precisou trabalhar para ajudar a família?
Minha atividade sempre foi o futebol. Não precisei trabalhar para ajudar a minha família. Meu pai trabalhava em uma empresa de Volta Redonda e me ajudava muito.
No Vasco, você é chamado "Dedé Bolt" por causa da velocidade. Na infância ou antes de chegar na Colina tinha algum apelido?
Sempre fui Dedé, mesmo na época de escola (o nome do jogador é Anderson Vital da Silva). Sempre fui um dos mais altos, mas não tinha apelido. Só quando eu já jogava no Volta Redonda que algumas pessoas me chamavam de Bebezão.
Quem foi seu grande incentivador na carreira?
A minha mãe, Maria Helena, foi uma grande incentivadora. Outra pessoa que me incentivou foi o pai do Felipe Melo, o José Coelho. Nós éramos vizinhos em Volta Redonda. Eu tinha mais contato com o irmão do Felipe. Chegamos a jogar um pouco juntos, mas não muito porque ele já morava no Rio, defendia o Flamengo.
Por qual clube você torcia na infância?
Nunca fui torcedor fanático, mas torcia pelo Botafogo por causa do meu pai. Mas hoje ele é muito mais Vasco do que Botafogo.
Você teve um problema disciplinar no Volta Redonda e acabou dispensado. O que aconteceu?
Em 2007, eu tive uma dispensa. O treinador achou que eu tinha saído, ido para a noite beber. Não era verdade, mas eu acabei sendo dispensado. Foi um grande aprendizado. Consegui resgatar minha carreira com um trabalho firme.
Qual é o grau de importância do PC Gusmão para sua evolução no Vasco?
O PC foi o cara que apostou em mim. Ele me puxou. Na intertemporada, principalmente, pegou muito no meu pé. Me ajudou muito.
Quais são seus planos para a carreira agora?
Meu pensamento é Seleção, chegar ao topo do futebol mundial. Seria fundamental para mim. O Mano (Menezes) está acompanhando muitos jogos, e isso é um incentivo muito grande.
Fonte: GloboEsporte.com