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Advogado pode processar Vasco e CBF por morte de torcedor


Quinta-feira, 26/08/2010 - 13:33

Pedidos de justiça e demonstrações de amor ao Vasco da Gama marcaram o enterro de um dos diretores da torcida Força Jovem do Vasco (FJV), Antonio Marcos Alves de Oliveira, de 31 anos. Segundo testemunhas, ele foi espancado por torcedores da Força Flu, quando passava pela passarela da estação de trem de São Cristóvão, em direção ao Maracanã, antes da partida entre Vasco e Fluminense, no último domingo.

Cerca de 150 parentes e amigos foram ao Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, prestar a última homenagem ao jovem. Ao se despedir do filho, mãe de Antonio Marcos, Creusa Oliveira, soltou uma pomba branca, como pedido de paz, e fez um apelo aos torcedores para que não provoquem brigas.

— Que essa pomba espalhe a paz em todos os corações. Faltou amor a essas pessoas que fizeram isso com o meu filho. Só com o amor a gente pode ter paz. Ele (Antonio Marcos) representava a alegria. Levava conforto às pessoas que precisavam. Por isso, doei os órgãos dele — disse Creusa.

Ontem, outra vítima da briga com a torcida do Fluminense foi à 17ª DP (São Cristóvão) prestar depoimento. Ele voltou ao local da briga com policiais, mas, de acordo com a delegada, Valéria de Castro, o torcedor ainda não tem condições de identificar os agressores e será novamente ouvido.

— Vamos ouvir todos e identificar se há possibilidade de enquadramento no Estatuto do Torcedordos responsáveis pela torcida que provocou a briga . Nossa prioridade é identificar quem produziu as lesões que causaram a morte do torcedor. Já encaminhamos ofícios ao Fluminense e devemos ouvir o líder da Força Jovem do Vasco — contou a delegada.

O advogado da família de Antonio Marcos, Luiz Roberto Leven Siano, afirma que estuda processar a Força Flu e os organizadores da partida.

— Caso seja constatada a responsabilidade da Força Flu, vou pedir indenização por danos morais e materiais. Também vou solicitar, com base no Estatuto do Torcedor, que a torcida seja banida dos estádios por três anos. Se o inquérito apurar que houve falha na segurança do jogo, podemos processar ainda o Vasco, que era o mandante do jogo, e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), organizadora do campeonato — disse.

Fonte: Extra Online