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PC: 'Vamos pagar pelo começo ruim até o final do campeonato'


Quarta-feira, 25/08/2010 - 10:27

O Vasco não vence o São Paulo no Morumbi desde o Rio-São Paulo de 2002, quando ganhou por 3 x 2. O técnico era Evaristo de Macedo. Mas a invencibilidade vascaína de oito partidas e de 15 jogos de Paulo César Gusmão -- 9 vitórias e 6 empates no Brasileirão -- animam à quebra do tabu. PC Gusmão é o único treinador invicto do campeonato. Seu último grande momento no Brasileirão havia acontecido em 2005, quando liderou pelo Botafogo até a oitava rodada, com 6 vitórias e duas derrotas, a segunda contra o São Paulo, no Morumbi. Na nona rodada, perdeu do Figueirense, pediu demissão e seguiu para o Cruzeiro.

No ano seguinte, liderou na sexta rodada, pelo Cruzeiro, e salvou o Fluminense do rebaixamento. Demitido no início de 2007 nas Laranjeiras, iniciou sua perambulação. Em três anos, passou por Náutico, Figueirense, Juventude, Itumbiara, Atlético Goianiense e Ceará, antes de ser contratado pelo Vasco. Abaixo, PC Gusmão fala sobre como esse roteiro fez com que voltasse ao círculo dos grandes clubes sem querer sair dele.

PVC - Como está sendo o retorno ao Vasco?

PC GUSMÃO - Essa minha rodada pelo Brasil foi muito boa. Eu só tenho que agradecer. O futebol brasileiro é muito rico e você aprende com as diferenças em cada região. São culturas diferentes e também jeitos diferentes de jogar futebol. E mais, alimentação, clima também interferem no fato de você ter diferentes jeitos de jogar futebol no mesmo país.

Antes do Vasco, especulou-se sobre o Palmeiras, na saída do Antônio Carlos?

Tive chance, sim. Mas também tive chance de acertar com o Al Arabi, de Doha. Pouco antes da parada da Copa, houve a chance de viajar para o Catar, para conhecer a estrutura, entender se queria a transferência.

Por que não deu certo?

Não fui, porque minha mulher teve uma crise de choro na porta do avião, na hora do embarque. Entendi que era melhor ficar no Brasil e permanecer no Ceará até o final do Brasileirão. Mas aí veio o convite do Internacional para o Celso Roth e a proposta do Vasco. O Péricles Chamusca foi para o Al Arabi no meu lugar.

Você acreditava nessa boa campanha logo na chegada ao Vasco?

Eu conheço bem o Vasco. Fui criado lá. A gente está se recuperando agora no Brasileirão. O problema é que começamos muito mal. Neste início, o que houve de mais importante para o Vasco foi sair lá de trás. Se tivéssemos empatado apenas com o Guarani, para quem perdemos em São Januário por 1 x 0 com gol aos 48 do segundo tempo, teríamos um ponto a amis. Estamos em nono lugar. Estaríamos em quinto, empatados com o Avaí, a dois da zona de classificação para a Libertadores. Veja como um pontinho só faz toda a diferença. Nós vamos pagar pelo começo ruim até o final do campeonato.

E a formação tática ideal?

Meu único problema para o Morumbi é o julgamento do Carlos Alberto (à noite, o meia foi suspenso pelo STJD e está fora do jogo). Com ele em campo, o time seria mantido, com o Felipe na ala esquerda. Nós temos um time formado por muitos jogadores jovens. Mas uma garotada muito boa.

Fonte: Blog do PVC - ESPN.com.br