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Felipe, do Vasco, e Emerson, do Fluminense, jogaram juntos no Catar
Sábado, 21/08/2010 - 22:31
O Catar costuma receber de braços abertos e com muitos dólares os jogadores brasileiros. Em 2005, mais dois chegavam para jogar juntos no Al-Sadd. Felipe era um nome com uma grande história. Já Emerson construiu a carreira longe de seu País. Nascia ali uma parceria em campo que durou quatro anos e uma amizade que segue firme e forte, agora no Brasil. Hoje, os amigos vão estar em lados diferentes e o Patrão quer atropelar o Sheik.
O respeito e a admiração entre os dois é mútuo. Em conversa informal, Felipe deixou claro que Emerson foi um dos melhores atacantes com quem já jogou. Mesmo em um campeonato que tem nomes como Ronaldo, Fred, Diego Tardelli, Fernandão, Kleber e Neymar, o camisa 6 do Vasco aponta o ex-companheiro como o melhor do campeonato.
E Felipe fala com propriedade sobre o assunto. Afinal, foi ele quem incentivou Emerson a aceitar, no ano passado, a proposta do Flamengo e finalmente ter a chance de brilhar no futebol brasileiro, após rápida passagem pelo São Paulo no início da carreira. No retorno ao Catar, Emerson se mostrou encantado com o período. Logo em seguida, foi a vez de Felipe acertar seu retorno. E ele não pensou duas vezes em tentar trazê-lo para o Vasco. Mas acabou perdendo essa disputa para o Fluminense.
“Quando acertei com o Vasco, eu dei força para ele também jogar comigo em São Januário, mas não aconteceu. O Emerson é meu amigo, mas eu não o elogio e o admiro só por isso. Jogamos juntos, eu o coloquei na cara do gol várias vezes. Quando vi um jogador do nível dele e que não teve oportunidade no Brasil, eu não entendi. Isso serve até de alerta para os clubes porque ele já poderia ter feito sucesso por aqui há muito tempo”, afirmou. Felipe lembrou que Emerson levou pouco tempo para conquistar a torcida do Fluminense, assim como fez com a do Flamengo: “Sempre soube disso. Tinha certeza do seu sucesso”.
Quem vai mandar em quem?
Quando chegou ao Catar, Felipe já era Patrão, como é chamado desde que começou no futebol. Mas foi lá que Emerson virou o Sheik. Até hoje os dois se chamam assim. Seria natural que, como bom patrão, o vascaíno obrigasse o amigo a perder gols contra seu time. Brincalhão, Felipe fugiu da polêmica e arrancou risadas: “Ele aprendeu o Patrão porque conviveu com meus amigos brasileiros que foram para lá. Mas, se eu sou o patrão, ele é o Sheik. E o Sheik manda no patrão, viu?! (risos)”.
Fonte: O Dia Online