Em entrevista no programa de Rádio 'Só Dá Vasco' desta segunda-feira (16/08), o vice-presidente do Departamento de Finanças do Vasco Nelson Rocha falou sobre um
levantamento feito por Rodolfo Langsdorff, advogado e primeiro vice-presidente do movimento de oposição Cruzada Vascaína, e diz que a atual diretoria do Vasco vem cumprindo, desde quando assumiu, o acordo do Tribunal Regional do Trabalho.
"Gerou um processo. Esse processo ainda não tem decisão definitiva. Nós, desde que entramos, temos cumprido o Ato. O fato de ter descumprido, o descumprimento na gestão anterior, fez com que gerasse esse Ato. Essas últimas penhoras que nós tivemos na renda foram três ações promovidas pelo mesmo advogado, que acabaram tendo uma decisão inferior porque já estava no processo de execução - eles também estavam no Ato. Eles conseguiram driblar, digamos assim, o Ato, e receber na frente. Bem justo com os outros que estão para receber. É bom que a gente frise também: tem uma fila. Isso não é só o caso do Vasco. Os outros clubes também têm. Tem empresas hoje já entrando nesse mesmo processo. Quando você tem um número de ações muito grande, acaba inviabilizando quem pode pagar. Se você inviabiliza a receita do clube, não consegue manter em dia. O fato de você criar a fila, que é esse Ato, é exatamente para dar condições ao clube. Você não pode matar a galinha dos ovos de ouro. Você tem que continuar fazendo o clube gerar receita para poder honrar todos os compromissos. Esse caso agora, houve um
bypass que a gente está discutindo ainda. Mas, de qualquer forma, a renda foi penhorada. É mais uma dívida. Só no caso daquele atacante que nós tivemos - eu não gosto de citar nomes, embora tenha saído na imprensa -, são R$ 2,8 milhões."
"Ainda está vigendo o acordo que foi feito, que é 20% da receita. É um valor percentual, garantindo um mínimo fixo mensal. A nosso juízo, é um pouco elevado. Nós estamos discutindo isso. Estamos propondo até, discutindo com o TRT para que a gente não saia do Ato. É a primeira coisa. E que dentro do Ato a gente tenha condições de cumprir, como nós temos feito, mas que também se dê uma condição, porque senão daqui a pouco não temos mais receita. A gente fala da questão trabalhista, mas não é só a trabalhista, não. Tem a questão cível, que é muito pior. Devia se criar um Ato de concentração também para as ações cíveis, porque a maioria dos jogadores hoje não têm só o vínculo trabalhista, têm a questão do direito de imagem e tal. Isso acaba gerando um valor significativo também. Nós temos valores absurdamente altos de ações cíveis, de todas as modalidades esportivas, com aquele malfadado Projeto Olímpico que foi feito, que endividou o clube ao extremo. Aliás, eu não sei aonde é que foi parar o dinheiro do Bank of America que, em tese, teria sido para custear. A gente está pagando até hoje a conta disso."
Fonte: NETVASCO (transcrição)