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Nelson Rocha diz que verba da Eletrobrás deve ajudar a pagar salários


Terça-feira, 17/08/2010 - 11:31

Em entrevista no programa de Rádio 'Só Dá Vasco' desta segunda-feira (16/08), o vice-presidente do Departamento de Finanças do Vasco Nelson Rocha afirmou que a prioridade com o recebimento da verba da Eletrobrás será manter salários em dias.

"Essa definição da Eletrobrás deve ocorrer também nos próximos dias, uma outra alternativa jurídica que foi construída. Nós acreditamos que também nos próximos dias a torcida vascaína vai ter essa boa notícia porque, afinal de contas, é para pagar salários. Salários em dia é fundamental. Ninguém gosta de atrasar salários, muito menos nós. Essa gestão tem um compromisso com isso. Temos feito um verdadeiro malabarismo para tentar colocar em dia os pagamentos. Nós temos um problema grave, que são as certidões, fruto da dívida, de uma série de coisas. O Vasco, hoje, é superavitário. Se nós não tivéssemos que pagar a dívida, se recebêssemos todas as receitas que temos direito, obviamente que não estaríamos na condição que hoje estamos. Por conta disso, você define prioridades. 'Por que paga a dívida? Você disse que pagou 71 milhões'. Não é pagar. É porque ninguém empresta dinheiro, hoje, como foi emprestado lá atrás, e à medida que a gente necessite também, sem que você dê garantias. A tua receita já fica bloqueada. Não que você queira pagar, é automático. Você não decide isso, já decidiu-se. O que você acaba fazendo é só pagando, aí o dinheiro todo sangrando. Sangra, sangra, sangra, sangra. É por isso que a gente não consegue manter os impostos em dia. Por que a gente não paga os impostos? Porque tem prioridades. Você tem que pagar salários primeiro. Depois tem que pagar os prestadores de serviços que estão lá. Você não paga o advogado, o contador, as pessoas que fazem a contabilidade do clube, que fazem o serviço, seja de qualquer natureza, a empresa que cuida da grama ou que fornece o alimento para os jogadores? Você tem que pagar, senão corta e você não continua com a máquina funcionando. A gente, obviamente, tem grau de prioridade. A prioridade número um - eu diria zero - é o pagamento dos salários. Essa é uma dificuldade que nós vamos conviver nos próximos anos. Nós, quando assumimos, já sabíamos dessa dificuldade. Não temos medo de desafio."

Fonte: NETVASCO (transcrição)