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Felipe: 'A concentração é a parte mais chata, com certeza'


Sábado, 14/08/2010 - 11:03

Em sua volta ao Brasil, Felipe vive a sensação da primeira vez a cada jogo. Logo na estreia, o craque do Vasco enfrentou o Flamengo no Maracanã.

Depois, reencontrou São Januário, seu berço no futebol.

Agora, no entanto, o jogador terá que enfrentar uma partida sem o charme de um clássico ou o apoio da torcida em sua casa. Ontem, ele embarcou para o interior paulista, onde o Vasco enfrenta o Grêmio Prudente amanhã.

Foram cinco anos no Qatar, onde virou o Brasileiro Mágico e tinha as regalias de um príncipe.

Mas, de tudo, só sente falta de não precisar se concentrar antes dos jogos. Ontem, ele embarcou com os demais jogadores para Prudente, cidade tão desconhecida para ele quanto o time local, que nem existia quando Felipe deixou o país.

— A concentração é a parte mais chata, com certeza. Mas faz parte e é necessário. Quanto ao Grêmio Prudente, só sei o que acompanhei pela TV. Mas no interior paulista sempre aparecem bons jogadores e o (técnico) PC Gusmão falou do time durante a semana — explicou Felipe.

Antes, o Grêmio Prudente era Barueri. Mudou de nome e cidade, mas o tamanho da torcida continuou o mesmo. Em números, não assusta quem vem de fora para enfrentá-lo. É a melhor chance até agora, desde o recomeço do Campeonato Brasileiro, que o Vasco terá para vencer a sua primeira partida fora do Rio.

— Eles podem até não ter torcida, mas a obrigação de vencer é deles. Se soubermos nos comportar, teremos uma boa chance de pontuar — declarou Felipe.

Para que saia de Prudente com pelo menos um ponto, o primeiro passo seria não levar gols. Mas a vitória não se constrói de outra maneira que não seja marcar gols, a grande dificuldade do ataque do Vasco.

— Às vezes, o ataque está melhor, às vezes é a defesa. O importante é que estamos melhorando — disse Felipe.

Pimpão deixa o clube Com Carlos Alberto suspenso por ter sido expulso contra o Vitória, PC Gusmão escalou Éder Luís em seu lugar. Será a estreia do jogador como titular da equipe.

— O time ganha em velocidade. Eu posso acioná-lo e ele ser decisivo — declarou o meia.

Decidir é com Felipe. No Qatar, ele diz que foi contratado para isto: — Lá, só podem jogar quatro estrangeiros. Quando o jogo aperta, eles dão no teu pé e dizem: “resolve, você veio para isso. É pago para isso”.

A sua volta ao Brasil coincide com o momento que o Vasco resgata o respeito dos adversários, seja em São Januário ou Presidente Prudente.

— Aos poucos, o Vasco volta a ser respeitado. Os outros times vinham aqui e faziam o que queriam — disse Felipe.

O atacante Rodrigo Pimpão foi emprestado até o fim do ano para o Paraná Clube. Ele se despediu dos jogadores e deixou o clube ontem, depois de perder espaço e brigar com Carlos Alberto, de quem levou um tapa no rosto.

Fonte: O Globo