Tamanho da letra:
|

Dinamite, sobre metas de 2010: 'Quero tudo o que a gente tem direito'


Quinta-feira, 12/08/2010 - 13:57

Roberto Dinamite é um dos principais atacantes da história do futebol mundial. Maior goleador da história dos Campeonatos Brasileiros, com 190 gols, e do Vasco da Gama, com 708 gols, Dinamite é o atual presidente do clube cruzmaltino, time que defendeu nas décadas de 70 a 90.

Nas categorias de base do Vasco, ainda sob o apelido de Calu, Roberto marcou 46 gols em quatro temporadas. Promovido à equipe principal, não demorou a se tornar uma estrela. O ponto alto de sua carreira foi em 1974, quando protagonizou a conquista do Campeonato Brasileiro, consagrando-se como o artilheiro do torneio.

Em 1980, foi negociado com o Barcelona, da Espanha, onde ficou por cerca de três meses, teve poucas oportunidades e decidiu retornar a São Januário. No Brasil, Roberto voltou a ser o artilheiro de sempre. Em uma de suas melhores atuações, marcou os cinco gols da vitória vascaína por 5 a 2 sobre o Corinthians no Maracanã, diante de aproximadamente 107 mil torcedores no dia 24 de maio, pelo Campeonato Brasileiro de 1980.

Pela Seleção Brasileira, Dinamite disputou a Copa do Mundo de 1978 e ficou no banco de reservas da mágica equipe de 1982, mas jamais conquistou um título importante com a camisa verde-amarela.

Após décadas de sucesso e títulos nos gramados, decidiu pendurar as chuteiras em 1993, aos 39 anos, totalizando 784 gols como profissional.

O atual presidente do Vasco da Gama falou com exclusividade ao Quero Ver Gol sobre sua carreira como político, administrador e jogador de futebol, e sobre as ambições do clube cruzmaltino na atual temporada.

O entrevistado preferiu não manifestar sua opinião sobre a administração de Eurico Miranda, seu antecessor na presidência do Vasco.

Confira abaixo a entrevista na íntegra:

Qual foi o melhor treinador com quem você já trabalhou? Por quê?

É complicado esse negócio de ficar citando nome. Trabalhei com vários treinadores e não tenho nenhuma queixa. Todos foram importantes na minha carreira, mas quero citar dois deles: o Gradim (Fernando Ramos Soares), que me descobriu, e o Travaglini, que me levou para o profissional.

Quando você sonhava em ser jogador de futebol, quem era o seu maior ídolo?

Me lembro bem de Jairzinho, o Furacão da Copa de 70, porque tinha cheiro de gol.

Qual foi o gol mais bonito da sua carreira?

Vou ficar com aquele em que dei um lençol no Osmar (gol marcado aos 45 minutos do segundo tempo, que deu a vitória ao Vasco sobre o Botafogo por 2 a 1 no Campeonato Carioca, no dia 9 de maio de 1976).

Qual você considera a principal razão do seu insucesso no Barcelona?

A razão principal foi a mudança de técnico (o treinador que indicou a contratação de Dinamite, Joaquín Rife, foi demitido após três rodadas. Com a chegada do novo comandante, Helenio Herrera, o brasileiro teve poucas chances, e não conseguiu se firmar entre os titulares).

Como você avalia sua passagem pela Seleção Brasileira?

Acho que poderia ter contribuído muito mais.

Quais são as principais diferenças entre o futebol da década de 70 e 80 e o futebol atual? Você acha que houve evolução?

É claro que houve. Hoje, existem mais recursos técnicos, a parte da fisiologia esportiva se desenvolveu muito, e os atletas estão mais bem condicionados.

Quem você considera o melhor atacante em atividade no Brasil?

Futebol é muito inconstante. Se eu der um nome hoje, daqui a algum tempo, ele pode não estar correspondendo. Mas existem bons atacantes em atividade.

Você foi eleito presidente em 2008, em plena crise administrativa do Vasco da Gama. Quando e por que você sentiu vontade de assumir o clube em um momento tão complicado de sua história?

Eu não senti vontade. O torcedor é que me cobrava isso no dia-a-dia. Então, senti que era hora de dar a minha contribuição como administrador do clube que amo.

De que forma a sua experiência política como vereador e deputado contribui para o seu trabalho como presidente do Vasco da Gama?

São dois universos diferentes. Como político, a minha função é buscar o bem-estar do povo através das leis que crio. Mas como administrador, embora o objetivo seja o mesmo, os meios são diferentes.

Como você avalia a experiência do Vasco da Série B, em 2009?

Acho que foi uma experiência importante para nós. Não digo que a gente tenha gostado, mas nos mostrou uma face do futebol que não conhecíamos.

O Vasco não teve um bom aproveitamento nas rodadas iniciais do Brasileirão, mas se recuperou e permanece invicto após a Copa do Mundo. Qual é a principal meta do clube na temporada de 2010?

Quero tudo o que a gente tem direito. É para isso que estamos trabalhando.

Fonte: Blog Quero Ver Gol