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Sobre denúncias, Roberto Dinamite diz que não tem medo de nada


Quinta-feira, 01/07/2010 - 10:32

Declaração do presidente Roberto Dinamite ao programa "Só Dá Vasco" da última 3ª-feira, 29/06/2010:

"Se eu quisesse ter a minha vida tranquila, no sentido de me desligar e ser somente torcedor, eu poderia fazer isso. Agora, o torcedor do Vasco - entendi dessa forma - pediu, aclamou por isso, desejou que eu pudesse estar nessa disputa. Entendi que, naquele momento, seria importante o meu nome e o nome de muitas pessoas que estavam envolvidas diretamente dentro desse processo. Eu entendia que o meu nome poderia e seria um nome forte para mudar uma história praticamente de mais de 20 anos dentro do clube. Dentro dessa visão, desse trabalho que eu achei e acho que foi importante para todos nós, buscamos aquilo que era o melhor para o Vasco. Dentro de um grupo que entendia que, naquele momento, o meu nome seria o nome mais forte para que pudéssemos vencer a eleição. Foi isso que foi feito, dentro desse trabalho. Aqui reconheço o trabalho que foi feito anteriormente. Só que, a partir do momento que tudo isso foi estruturado, das pessoas que estavam envolvidas, e quando nós conquistamos o direito de estar à frente do Vasco da Gama, eu entendo que as pessoas não desligaram essa coisa de oposição. Eu tive oportunidade, em alguns momentos, de falar sobre isso, que naquele momento, a partir daquele momento, nós éramos a situação dentro do clube, e que precisávamos trabalhar, e trabalhar muito, porque entendíamos, e eu entendia, que tínhamos um compromisso de tentar não só recuperar. E aí não é recuperar no prazo de um ano, dois, três anos."

"Acho que muita coisa foi falada, muita coisa está sendo colocada, o que eu entendo, nesse momento, que é um desespero das pessoas, que não desejam e não querem ver o Vasco de uma outra forma. Eu fico muito tranquilo e muito à vontade de dizer, principalmente aos torcedores do Vasco, de um modo geral, que nós vamos continuar esse trabalho. O trabalho vai continuar. As pessoas que entenderam ou achavam que poderiam assumir ou ter o Vasco nas mãos, se enganaram, com relação a isso. Eu respeito todas as pessoas, respeito todo mundo, mas quero ser respeitado e exijo isso. A instituição Vasco da Gama, para mim, representa muito. Eu trato o Vasco da Gama como um brilhante, uma coisa maravilhosa e importante, como foi e continua sendo para minha vida e o torcedor do Vasco."

"Eu acho que nem todos, eu e qualquer outra pessoa não consegue agradar a todo mundo. Em parte, muita coisa que acontece dentro do futebol e principalmente dentro do nosso clube, não digo que seja a vaidade, mas as pessoas têm, e acham que podem e deveriam ter um espaço muito maior dentro daquilo que é uma instituição, dentro da nossa administração. Eu posso dizer que foi dado a muitas pessoas esse direito de fazer pelo nosso clube, e essas pessoas não fizeram."

"Deixar bem claro, o presidente Roberto Dinamite, do Vasco da Gama, não tem medo de nada. Eu não cometi, não fiz, não vou fazer. Ao longo de 20 anos como jogador de futebol, e hoje à frente da instituição, do Club de Regatas Vasco da Gama, eu posso dizer que tem alguém que faça e respeita a instituição como eu. Mais, eu não acredito. Eu não tenho nada a me preocupar com relação a qualquer coisa. Estou pronto para que as pessoas possam perguntar e questionar. Nós vamos mostrar também aquilo que estamos fazendo pela instituição, aquilo que está sendo feito para a instituição. Muita coisa ainda vai acontecer de forma positiva para o nosso clube. Infelizmente, na vida, às vezes as pessoas usam a coisa negativa ou, de uma certa forma, utilizam até da bondade das pessoas, para querer prejudicá-las. Mais do que nunca, eu acredito em Deus. Acredito no ser humano, até que ele me prove o contrário. Algumas pessoas, infelizmente, nesse momento, me mostraram o contrário. Essas pessoas, para mim, deixam de existir, porque eu tenho um ponto maior, que é ver a minha instituição brilhando e vencendo. Isso, eu vou fazer. Independente da vontade de A, B ou C, eu vou fazer isso com as pessoas que querem, podem e desejam fazer isso pelo Vasco da Gama, sem nada querer em troca. Nós queremos fazer isso pelo clube porque respeitamos e amamos esse clube. Eu falo por mim e posso falar por muitas das pessoas que hoje estão dentro da nossa administração. Muitas delas, que têm compromisso com a sua vida pessoal. Muitas delas, se dando e se doando ao nosso Vasco. Mais do que nunca, é uma declaração de que nós vamos continuar o nosso trabalho. Vamos fazer aquilo que é melhor para a instituição. Aí, nós vamos ver. Logo ali na frente, vai estar sendo colocado aquilo que é a realidade, a coisa mais importante de dizer. Respeitar a instituição, na prática, nós estamos fazendo. Nós queremos e vamos buscar aquilo que o torcedor também deseja, que sabemos o que é: são as conquistas, os títulos. Mas, acima disso também, no paralelo, nós vamos estar mostrando o nosso trabalho, que é um trabalho sério, de muita luta, muita superação, e que não vai, de uma hora para outra, uma situação aqui e outra ali, deixar a gente ir para baixo, não. Nós vamos continuar forte, estar trabalhando de uma forma eficaz, competente. Aquelas pessoas que querem estar do nosso lado, vão estar em prol não do Roberto ou do A, B ou C, mas em prol da instituição, o Club de Regatas Vasco da Gama, que é a coisa mais importante."

"Eu quero deixar bem claro. Antes de mais nada, eu acredito nas pessoas. A partir do momento que você tem, aí noticiado e falado... Para o presidente do clube e a instituição, por incrível que pareça, o nosso vice-presidente que foi eleito, o doutor Luso [Soares da Costa], que foi eleito o primeiro vice-presidente, teve acesso a essas informações. Diz ele que recebeu essa documentação ou fita. Até o dia de hoje, infelizmente, para a presidência do clube, isso não foi passado. Foi passado para vários veículos, até da oposição, pela informação que se tem. Para a direção, onde ele faz parte, e que deveria, no primeiro momento, ele falar e colocar isso... Eu lamento, realmente lamento essa situação. O estatuto do clube coloca essa situação, com relação à eleição. Lamento, sinceramente lamento essa posição do nosso vice-presidente, porque foi uma atitude, no meu modo de ver, muito ruim para a instituição, principalmente para a instituição, porque expôs uma coisa que até hoje você fica... Eu, oficialmente, não tenho isso. Ele foi falar e entregar dentro de um setor [Conselho de Beneméritos] que, na realidade, todo ele é oposição à nossa administração. Então demonstra o quê? Que, na realidade, ele não está do nosso lado. Eu lamento, sinceramente lamento essa situação. Nós vamos, não digo conviver com isso, porque acho que nesse momento, ou a partir desse momento, vou respeitar o estatuto do clube, aquilo que foi feito, com relação a uma eleição. Ninguém é obrigado a se relacionar, a conviver no dia-a-dia com uma pessoa que você tem como, com muita clareza, uma situação de que não quer conviver com a coisa certa, com a coisa que é importante para a instituição nesse momento e naquele momento, que é mostrar as coisas de uma forma muito clara, principalmente quando você faz parte dessa composição, estrutura dentro do clube. Na realidade, o clube, no meu de ver, foi atingido diretamente, porque acreditou, dentro do convívio e da relação no dia-a-dia, numa pessoa que estava ali convivendo e vivendo. Foi dado todas as condições para que ele pudesse desenvolver e dar a sua contribuição à instituição. Infelizmente, isso não aconteceu. E não foi por falta de poderes. Acho que não vem aqui a gente ficar falando. Isso já foi colocado numa reunião com os vice-presidentes, onde o vice-presidente do clube esteve presente. Nós colocamos ali, de uma forma muito clara, o que pensávamos e achávamos. É lamentável. Sinceramente, eu lamento isso. Quando nós entramos na administração do clube, eu, particularmente, falei isso, que as pessoas não eram oposição. Mas, infelizmente, esse outro lado, que não digo da vaidade, da vontade ou de achar que seria diferente, a coisa não foi aquilo que nós esperávamos e desejávamos. Ninguém é obrigado a respeitar o Vasco. Ninguém é obrigado a estar a favor do Vasco. Ninguém é obrigado a estar lutando pelo Vasco. Mas é, sim, obrigação de todos nós, respeitarmos a instituição e também as pessoas, desde o funcionário mais simples ao torcedor lá no Estado brasileiro mais distante. Eu estou triste com essa situação, porque é uma situação que feriu principalmente a instituição. Ela não merecia e não merece isso. Mas nós vamos continuar o nosso trabalho. As pessoas podem ter certeza que o trabalho vai continuar. Nós vamos estar buscando, mais do que nunca, não em razão dessa situação, porque temos um projeto dentro do Vasco, algo definido dentro do Vasco da Gama, com relação a aquilo que queremos para a instituição. Não vai ser uma situação aqui ou outra ali que vai impedir isso. Nós temos um trabalho árduo, duro e difícil? Temos. Mas nós temos condições de reverter essa situação."

"Dentro da minha visão, eu entendi que naquele momento da eleição, o doutor Luso e as pessoas que estavam envolvidas eram importantes para o Vasco, como eu achava também que a minha participação foi importante e decisiva para a instituição. Em momento algum, quando presidente, tirei poder de qualquer uma daquelas pessoas. Foi delegado a cada setor. Aquelas pessoas ocuparam o espaço que elas achavam que deveriam ocupar dentro da instituição. O regime é presidencialista, mas todo mundo teve o direito de dar a sua contribuição ao clube. Só que, infelizmente, o que ocorre hoje é que o que era a oposição passou a ser a situação. Mas, infelizmente, algumas pessoas continuam sendo oposição. Acho que não convivem bem com essa coisa de ser situação. Todas essas pessoas tinham o direito de fazer. No marketing, de negociar as coisas do marketing. Em todos os setores do clube, cada setor, segmento do clube, as pessoas tinham. Por exemplo, o doutor Luso ficou no patrimônio. Ele tinha autonomia de ver as coisas. É uma das coisas que ele questiona. A piscina ficou praticamente quatro meses vazando água. Ia se buscar uma situação. Em uma semana, dez dias, o Fred [Frederico Lopes, novo vice-presidente de patrimônio] entrou, viu aonde tinha o vazamento, e ajeitou essa situação."

"As pessoas podem falar qualquer coisa. De forma oficial, ninguém pode falar nada do presidente do clube. O presidente está ali para servir o clube, está fazendo a sua função, atendendo essa situação. Deixar bem claro, eu quero e vou continuar dando a minha contribuição ao Vasco da Gama. A partir do momento em que eu tenha alguma coisa... Não é blog do Joaquim, do Manoel e do Pedro. Eu quero de forma oficial. Se amanhã alguma coisa, de forma oficial, aparecer com relação ao nome do presidente, as pessoas vão ser responsáveis por isso, vão ter que ter responsabilidade, saber o que estão falando e de que forma estão falando."

"Deixar claro, com relação às pessoas e principalmente ao Luso, que esteve lá. Hoje, infelizmente, fica difícil você ter uma relação, do dia-a-dia, porque é complicado. Mas as pessoas que querem e podem ajudar o Vasco, estão lá ainda e vão ajudar. Se Deus quiser, essas pessoas vão estar tocando junto com a gente, para que a gente possa realmente fazer desse Vasco o que ele precisa e tem que ser feito, que é ser um Vasco forte."

"Hoje, o que nós precisamos dentro do Vasco, e aí eu posso dizer sentado aqui para você e em qualquer lugar: não é o torcedor que está contra o Vasco. Não é o torcedor, porque aonde eu vou, o torcedor quer e fala 'Nós temos que melhorar', 'O time tem que melhorar'. Isso, eu entendo. E nós estamos melhorando. Agora, a crítica, quando ela vem internamente, principalmente das pessoas em quem você acredita, ou das pessoas que se dizem vascaínos e que estão dentro do processo do Vasco já há algum tempo, aí você fica, não digo preocupado. Mas, realmente, você busca força para falar 'Não é isso. A coisa não é por aí'. Nós vamos estar mostrando isso na prática. É o que nós vamos estar fazendo, pode ter certeza. O Vasco, nessa competição, quando nós voltarmos para disputar o restante do Campeonato Brasileiro, vamos estar, se Deus quiser, fazendo aquilo que é o dever e a obrigação de todos nós, de estar cobrando que o nosso time esteja com muita determinação e muita vontade. Os resultados vão estar acontecendo, porque mesmo nesse momento difícil e ruim - eu posso dizer ruim - dentro da competição, o torcedor do Vasco, mais do que nunca, acredita nisso. Quando eu digo torcedor, é aquele torcedor mesmo que vai lá, dá apoio, incentiva, torce. Quando ele critica e fala alguma coisa, não deixa de ter razão, não, porque eu também fico triste e chateado com resultado ruim, o andamento, a participação do meu time naquele jogo. Muitas das vezes, não é você jogar bem, é você mostrar a vontade de querer sair daquele momento. É isso que eu cobro hoje. É isso que eu vou estar cobrando do nosso grupo de jogadores. Eu acho que eles estão muito determinados, com relação a esse trabalho que está sendo feito."

Fonte: NETVASCO (transcrição)