Sassá, de 23 anos, e Thalles, de 21, não restringem suas coincidências somente ao fato de serem jovens atacantes revelados por seus respectivos clubes e pelas comparações bem-humoradas de suas torcidas com o polêmico astro italiano Balotelli, do Nice (FRA). Vistos como promessas desde as categorias de base, eles têm dado trabalho a Botafogo e Vasco e são vigiados de perto para que controlem seus excessos fora de campo.
"Sassálotelli" e "Balothalles", como são chamados por botafoguenses e vascaínos, já foram punidos por seus clubes por indisciplina mesmo com o pouco tempo no profissional. O alvinegro chegou a ficar de fora da fase inicial da Libertadores deste ano. O cruzmaltino, por sua vez, tomou puxão de orelhas público do ex-técnico Jorginho e também foi deixado de lado em alguns jogos.
Em lados opostos na final da Taça Rio deste domingo no Engenhão, eles ainda deixam em alerta as diretorias, embora vivam momentos distintos. Sassá tem dado a volta por cima, tendo recuperado seu espaço na equipe com gols e comportamento mais adequado.
"Foram problemas extracampo que eu acho que tinham de acontecer para me acordar um pouco para a vida. Muita gente depende muito de mim, então não dá para ficar de brincadeira mais. Estou em nova fase na minha vida", disse ao Sportv na semana passada.
Já Thalles vive sua batalha diária contra a balança. Novo treinador, Milton Mendes estabeleceu um "objetivo" pessoal ao jogador e tem monitorado. Este ano, foi o segundo que mais atuou, ficando atrás apenas de Nenê, mas viu a chegada de uma forte concorrência, o experiente Luís Fabiano, e foi relegado novamente à reserva.
Apesar de ainda não ter vingado como esperado, Thalles ainda é visto como um atleta em potencial e que pode trazer retorno financeiro ao Vasco. Por conta disso, o clube renovou no fim do ano passado seu contrato até 2019.
"Ele é um menino talentoso. Tem um potencial adormecido, jogaria em qualquer time da Europa. Ele é um garoto sensacional. Tem uma simpatia grande. Colocamos um objetivo e estou confiante de que ele pode alcançar. Quem mais vai tirar partido disso é o próprio jogador", avaliou Milton Mendes.
Gosto pela noite e pelo funk
Cariocas, Sassá e Thalles têm em comum o gosto pelo funk e pela noite. Os excessos na vida noturna, aliás, foram um dos pontos levantados pela diretoria no momento de cobrança. Embora estejam tentando se policiar um pouco mais no quesito balada, continuam demonstrando o apreço pelo ritmo musical tradicional do Rio. Em suas comemorações de gols, costumam dançar e reproduzir passinhos.
O botafoguense, inclusive, surfou nesta onda para criar uma marca registrada recentemente: a "Sassárrada", um movimento com o corpo que tem sido sucessos nos bailes funks.
Ainda não estão confirmados
Sassá e Thalles ainda não estão totalmente confirmados para a decisão deste domingo. O alvinegro jogou na última quinta, contra o Atlético Nacional (COL), pela Libertadores. Já o cruzmaltino se recuperou de uma entorse no tornozelo esquerdo e fez o processo de transição nos treinos durante a semana.
Fonte: UOL (texto), Reprodução Internet (foto)