Basquete: Em boa fase, Gaúcho é uma das armas do Vasco nesta 6ª-feira contra o Pinheiros

Sexta-feira, 07/04/2017 - 12:01
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O telefone do agente de Gaúcho tocou. Do outro lado da linha estava o Vasco, interessado em contar com o seu basquete para a Liga Ouro, a divisão de acesso ao Novo Basquete Brasil. Sem titubear, o ala aceitou o convite e em dezembro do ano passado deixou a Liga Sorocabana rumo ao Rio de Janeiro. A mudança deu certo, e na primeira temporada no Cruz-Maltino, o jogador de 31 anos ajudou a equipe a conquistar uma vaga nos playoffs do NBB. Rendendo bem dentro de quadra, ele foi o cestinha na derrota para o Pinheiros no Jogo 1 das oitavas de final, na terça-feira, em São Januário. Os 28 pontos foram insuficientes para a vitória, mas não desanimam o jogador, frio dentro de quadra e empreendedor fora dela. Focado no basquete, ele também pensa no futuro e investe no network marketing, ajudando a liderar uma equipe de 600 colaboradores.

- Deixo claro que o meu foco principal é o Vasco. É o NBB e os playoffs. Estou deixando mais para a minha mulher, que fica fulltime nisso. Mas eu tenho há dois anos em paralelo esse projeto. Alguns jogadores investem em imóveis ou em terrenos, eu invisto no network marketing, que é algo que estou construindo para depois que eu parar de jogar seguir nesse foco. Temos que construir. Sabemos que o atleta tem validade, 37, 38 anos, depende do nosso corpo. Não dá para esperar parar e se perguntar: "Meu Deus, o que eu vou fazer". Tem que construir antes - explica Gaúcho.

Com médias de 9,1 pontos e 2,1 rebotes por partida, Gaúcho joga cerca de 20 minutos por partida do Cruz-Maltino. Na derrota para o Pinheiros, teve talvez sua melhor atuação na temporada. MVP das finais da Liga Ouro, quando o Vasco conseguiu seu lugar na elite do basquete brasileiro, ele espera seguir bem no jogo 2 do playoff, nesta sexta-feira, às 21h30, no Ginásio Henrique Villaboim, em São Paulo, mas garante que agora o coletivo também funcionará bem no time carioca.

- Sempre buscamos a vitória. E sempre teremos um jogador ou outro que irá se sobressair na pontuação. O Vasco tem inúmeros jogadores que podem assumir essa função. A gente fica triste por fazer um bom jogo e não sair com a vitória, mas pode ter certeza que em São Paulo o individual vai ser bom e o coletivo vai ser melhor ainda - diz Gaúcho.

No Jogo 1 das oitavas, o Vasco chegou a estar perdendo por 20 pontos. Foi buscar e trouxe a margem para quatro pontos em poucos minutos. De acordo com Gaúcho, esse espírito de luta deve seguir em São Paulo. Assim, os vascaínos têm chance de reverter a vantagem criada pelo Pinheiros.

- Em nenhum momento desistimos. Conseguimos buscar o jogo. E também por detalhes não conseguimos empatar ou passar. Nunca vamos desistir. Precisamos de três vitórias. Temos totais condições de vencer duas partidas em São Paulo e trazer a vantagem para a gente. A equipe é experiente, vamos focados para buscar as duas vitórias.

O técnico do Pinheiros, César Guidetti, por sua vez, preferiu manter o tom respeitoso perante seu adversário, mesmo sabendo que agora precisa apenas vencer duas em casa para avançar e encontrar o Flamengo nas quartas de final.

- Conquistamos uma importante vitória que nos deu confiança mas ainda falta muito. São duas equipes parelhas e temos que pensar jogo a jogo. Sabemos que as dificuldades irão aumentar nos próximos jogos. Por isso temos que manter a concentração ter os pés nos chão para continuar jogando bem - opinou.

Espírito Empreendedor acompanha Gaúcho

Com casamento marcado para daqui a três meses, Gaúcho, de 31 anos, tem ainda boas temporadas pela frente. Adaptado ao Vasco, citou após a Liga Ouro que tinha muita vontade de se aposentar no Rio de Janeiro em um futuro não tão próximo. Quando o dia chegar, espera ter pavimentado o que fará no restante da vida: o network marketing. Ao lado de Mayara, ajudar a liderar uma equipe de 600 colaboradores que atuam em cinco estados do país na venda de produtos de bem-estar, perfumaria e cosméticos ligados a uma multinacional.

Em casa, lê livros ligados ao empreendedorismo, como "Pai rico, pai pobre", de Robert Kiyosaki e Sharon Lechter. Além disso, fez cursos no Sebrae e estudou desenvolvimento pessoal e programação neurolinguistica.

- Sou apaixonado por esse negócio. Através de muitos livros, me interessei. Sou empreendedor. O nome da empresa que trabalho é Henode, de venda direta, atua em cinco segmentos, com parcerias internacionais nas áreas de perfumaria, bem-estar, cosméticos... Temos uma rede de distribuição com 600 pessoas na nossa equipe, em cinco estados, e isso vai crescendo - explica o atleta.



Fonte: GloboEsporte.com