Assim como Milton Mendes, atual técnico do Vasco, o comandante do Nova Iguaçu, Edson Souza, tem uma história como jogador na Colina. Edson teve uma passagem curta no clube, mas participou de uma geração bastante vitoriosa no início da década de 90. Até pela qualidade da equipe, não teve uma grande quantidade de partidas disputadas, mas guarda boas recordações daquela época.
Neste domingo, em Moça Bonita, Edson Souza tem a missão de enfrentar o Vasco e tentar fazer o seu time dar mais um passo importante na competição. O Nova Iguaçu, que ainda tem chance de classificação, já conquistou vaga na Série D do Brasileiro e faz sua melhor campanha na história do Estadual.
- Não temos que mudar nada. Temos que manter o estilo de jogo que nos trouxe até a última rodada com chance de classificação para Taca Rio e a semifinal do Carioca - afirmou Edson Souza ao GloboEsporte.com.
Confira o bate-bapo com o técnico do Nova Iguaçu:
Qual foi o seu momento mais marcante na passagem pelo Vasco como atleta?
Foi contra o Santos. Na última rodada do Brasileiro, avançavam oito equipes, e eu estava há três meses esperando uma oportunidade de sair jogando. O jogo estava morno, muito toque para o lado e eu correndo para um lado para o outro, marcando e querendo mostrar serviço. Tinha um volante do Santos chamado Bernardo, que gritava comigo falando que o empate era bom para os dois, e eu respondia falando que estava há três meses esperando essa chance e não ia deixar de correr. Por coincidência, sem saber, tinha um dirigente de um clube da Suíça no estádio e gostou da minha partida. Acabou que consegui por aquele jogo uma transferência. Acabou que foi meu último jogo pelo Vasco.
Que lembrança tem da convivência com Eurico Miranda? Lembra de alguma história?
Ele estava no inicio da caminha como dirigente. Na época era como se fosse um supervisor de futebol, mas já se notava que era uma pessoa com pulso forte, palavras firmes e muita personalidade. Por isso, não é surpresa o Eurico ter alcançado sucesso como dirigente.
Atualmente auxiliar do Vasco, Valdir fazia parte daquele elenco. Vocês ainda mantêm contato?
Não tenho nenhuma relação com o Valdir. Até porque naquele período estava subindo da base, Valdir, Bismarck, Juninho, treinamos poucas vezes juntos. Eles eram garotos e ficavam mais entre eles. Normal pela idade.
O jogo deste domingo vale uma vaga entre os quatro melhores na classificação geral. Como está a preparação para este duelo?
Vamos estudar o Vasco através de vídeos, mas os jogadores conhecem bem o adversário. E na minha concepção não temos que mudar nada. Temos que manter o estilo de jogo que nos trouxe até a última rodada com chance de classificação para Taca Rio e a semifinal do Carioca. Eu disse para os meus jogadores que precisamos ter a mesma performance, inteligência, vontade e entusiasmo que apresentamos contra o Fluminense. Time compactado, encurtando marcação, mas sem abrir mão do ataque. Às vezes as pessoas não acompanham, mas temos jogado normalmente com um volante. Na rodada passada, atuamos com três atacantes e dois meias contra o Resende.
Eu passei para os meus jogadores que temos que desfrutar este momento, pois temos chances reais de passar de fase na Taça Rio e nas semifinais do Carioca. Já conseguimos a vaga para Série D e a melhor campanha do Nova Iguaçu em Cariocas. Teremos responsabilidade, mas com leveza dentro de campo.
Qual será a estratégia para frear o ataque vascaíno com Luis Fabiano, Nenê e Cia?
Tem que estar alerta o tempo todo com esses jogadores. São atletas de nível inquestionável, que podem fazer diferença, inclusive em um lance de bola parada. Não adianta só destruir. Temos que revidar com posse de bola e colocando nosso jogo em prática.
Fonte: GloboEsporte.com