Revelado pelo Vasco, Marlone acerta com o Atlético-MG, seu 6º clube na carreira aos 24 anos

Quinta-feira, 30/03/2017 - 11:37
comentários

Marlone possui currículo de gente grande. Com apenas 24 anos, defende um grande clube do futebol nacional pela sexta vez. O versátil - e experiente - jogador chega ao Atlético com um desafio: manter a regularidade de atuações para se firmar de vez em uma equipe.

Para isso, o meia-atacante tem contrato com o clube mineiro até o final da temporada. Antes mesmo de estrear, foi questionado sobre a “pecha” de ser irregular.

“Vou pedir para você me perguntar mais no final do ano, porque tudo tem um propósito, tudo realmente tem um tempo certo. Até o final do ano muitas coisas vão ser respondidas através do que vou fazer dentro de campo e através do grande ano que vamos fazer aqui. Creio que muitas coisas aqui para mim no Atlético vão se cumprir”, disse durante a apresentação, na manhã dessa terça-feira.

Mais que belas palavras e a confiança do técnico Roger Machado, Marlone terá de provar em campo por que foi considerado uma das grandes promessas do Vasco cinco anos atrás.

Relembre situações que mostram a irregularidade do meia e por quê ele pode reencontrar, no Atlético, o bom futebol.

Alto: Vasco

Marlone surgiu como uma das jóias da base vascaína. Transferiu-se para o Cruzeiro em 2014, ano em que o clube cruzmaltino disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2013, foi um dos poucos a se salvar na pífia campanha dos cariocas na Série A.

Foram 43 jogos no profissional do Vasco, com quatro gols marcados e seis assistências. Os números são considerados bons para um jogador recém-promovido das categorias de base. Mas foi justamente nos times de baixo que Marlone se destacou com belos gols e muita criatividade.

A velocidade na tomada de decisão o credenciava a ser um dos grande jogadores do futebol nacional. O expectativa não se cumpriu - mas pode indicar coisas boas aos torcedores do Atlético.

Baixo: Cruzeiro

Após um fim de temporada animador pelo Vasco, Marlone chegou ao Cruzeiro cercado de expectativas em 2014. Num elenco encorpado e num time que dominava o cenário nacional, o meia-atacante não rendeu o esperado.

Conseguiu ter boas atuações e exerceu o papel de coadjuvante na campanha do bicampeonato brasileiro. Entretanto, nunca foi unanimidade. Foram 30 jogos com a camisa celeste, um gol marcado e três assistências. Deixou o clube rumo ao Fluminense.

Baixo: Fluminense

Ainda sob grandes expectativas por conta do ótimo fim de 2013 no Vasco, Marlone chegou ao Fluminense como a principal contratação de 2015. Mais uma vez decepcionou.

Virou titular já no começo da temporada. Perdeu posição após atuações irregulares e deixou o Fluminense depois de apenas 16 jogos, nenhum gol e duas assistências.

Alto: Sport

Após passar por Vasco, Cruzeiro e Fluminense, Marlone decidiu jogar pelo Sport. E foi com a camisa do clube pernambucano que ele reencontrou o bom futebol.

Ao lado de Diego Souza e André, o meia-atacante comandou a ótima e surpreendente campanha da equipe no Campeonato Brasileiro de 2015. Na competição, disputou 31 jogos, distribuiu oito assistências e marcou três gols. Deixou o clube em grande fase, mas não repetiu a regularidade no Corinthians.

Baixo: Corinthians

A carreira de Marlone pode ser resumida na passagem pelo Corinthians. No clube alvinegro, viveu momentos de altos e baixos. No início da temporada, sob o comando de Tite, virou titular e marcou gols decisivos numa equipe que ainda buscava o melhor encaixe.

Ainda com o atual técnico da Seleção Brasileira, perdeu posição e a recuperou seguidas vezes - mas não conseguiu emendar uma sequência de bons jogos. No meio da temporada de 2016, virou opção no banco de reservas.

Só conseguiu conquistar parte da torcida no final do ano, quando dividiu a responsabilidade da armação da equipe com Rodriguinho. Em 2017, entretanto, voltou a ser contestado. Recebeu oportunidade de Carille, não emplacou e deixou o clube sem gols e sem assistências no ano.

Alto: Puskas

A saída de Marlone do Corinthians dá a entender que a passagem pelo clube do Parque São Jorge só teve momentos ruins. Mas foi com a camisa alvinegra que o meia-atacante viveu uma das maiores glórias da carreira.

A vitória por 6 a 1 sobre o Cobresal, pela fase de grupos da Libertadores de 2016, ficou marcarda por uma pintura de Marlone. Ele recebeu na entrada da área, dominou no peito e, sem deixar a bola cair, emendou um belo voleio no canto esquerdo do goleiro (veja no vídeo acima).

O lance concorreu ao Puskas, premiação dada pela Fifa ao autor do gol mais bonito do ano. O vencedor, entretanto, foi o malaio Mohd Faiz Subri, do Penang.



Os números da carreira de Marlone*

2017

Corinthians

Jogos: 11
Gols: 1
Assistências: Nenhuma
Desarmes: 12
Faltas cometidas: 6
Faltas recebidas: 16
Cartões: Nenhum

2016

Corinthians

Jogos: 35
Gols: 8
Assistências: 4
Desarmes: 37
Faltas cometidas: 16
Faltas recebidas: 49
Cartões: 1 amarelo

2015

Fluminense e Sport

Jogos: 49
Gols: 3
Assistências: 10
Desarmes: 40
Faltas cometidas: 29
Faltas recebidas: 61
Cartões: 3 amarelos

2014

Cruzeiro

Jogos: 30
Gols: 1
Assistências: 3
Desarmes: 20
Faltas cometidas: 10
Faltas recebidas: 47
Cartões: 1 amarelo

2013

Vasco

Jogos: 34
Gols: 4
Assistências: 6
Desarmes: 48
Faltas cometidas: 25
Faltas recebidas: 59
Cartões: 1 amarelo

2012

Vasco

Jogos: 9
Gols: Nenhum
Assistências: Nenhuma
Desarmes: 11
Faltas cometidas: 3
Faltas recebidas: 12
Cartões: 1 amarelo

*Números coletados pelo Footstats

Fonte: Superesportes