Casaca divulga nota sobre arbitragem do clássico e expulsão de Luis Fabiano

Segunda-feira, 27/03/2017 - 07:03
comentários

Os exageros do intocável




O sr. Luís Antônio Silva Santos, sabidamente torcedor do Flamengo, está se despedindo este ano dos gramados, mas seria bem melhor que tivesse pendurado o apito um pouco antes. Isso impediria que víssemos hoje uma patética cena teatral dele contra Luís Fabiano, centroavante do Vasco.

O árbitro, que já acertou certa vez Renato Silva (sem querer), no momento em que expulsava o goleiro Alessandro, no clássico contra o Botafogo, disputado em Volta Redonda no ano de 2013 (pediu desculpas, que foram aceitas, deu um beijo no atleta e o jogo seguiu) tem cerca de 15 anos de arbitragem na primeira divisão do futebol deste estado, já deve ter aplicado mais de 500 cartões amarelos em atletas e já ouviu e fez ouvido de mercador em provavelmente 99,98% dos que o encararam ou reclamaram veementemente da aplicação da advertência, já relevou inúmeros pequenos contatos físicos posteriores à aplicação de tais cartões, como a foto ilustrativa da matéria nos faz concluir.

O número de atuações prejudiciais ao clube em partidas apitadas pelo árbitro é extensa e memorável. Já conseguiu praticamente fabricar com seus equívocos uma derrota do Vasco para a Cabofriense no Estadual de 2005, errou de forma gritante no clássico diante do Botafogo, válido pelo Campeonato Brasileiro de 2008, no qual o Vasco atuou com 10 reservas diante do adversário, com pênalti mal marcado no fim a favor do alvinegro, dois pesos e duas medidas quanto à expulsão de Pablo, do Vasco, e conservação em campo do agressor alvinegro, que tirou Jean da cancha, para não mais voltar após o intervalo, além de validar um gol em impedimento do Flamengo contra o Vasco na primeira partida decisiva do Campeonato Estadual de 2004, vencida pelo rubro-negro por 2 x 1 e deixar de marcar, há dois anos, no Campeonato estadual, um pênalti escandaloso, cometido pelo goleiro Diego Cavaliéri em Gilberto, após o centroavante vascaíno, que estreava, ter driblado o arqueiro tricolor dentro da área.

Ainda sobre a foto que ilustra a matéria, ela mostra algo corriqueiro no futebol. Um pequeno contato físico entre um atleta e um árbitro no momento da punição por um cartão (no caso de Luís Fabiano nem pequeno contato houve). Queremos, entretanto, que os leitores achem uma de simulação do árbitro para justificar uma expulsão posterior na história recente do nosso esporte bretão. A imprensa imparcial rubro-negra pode também procurar.

O Vasco vencia o jogo por 1 x 0 no clássico deste domingo contra o Flamengo e pode-se dizer, pelo critério usado pelo árbitro durante a partida, que o próprio cartão amarelo em Luís Fabiano era discutível, afinal não mostrara um a Pará, após entrada apelativa em Henrique, quando ia tomando um lençol humilhante na primeira etapa, seguindo para a área adversária o nosso lateral, naquela oportunidade. Mas, independentemente disso, a expulsão após simulação do árbitro está entre os lances mais ridículos de toda a carreira do referido apitador. Mudou a configuração do jogo completamente. A virada do Flamengo está, EVIDENTEMENTE, diretamente ligada à vantagem numérica em campo. A expulsão de Luís Fabiano deu ao rubro-negro a oportunidade de comandar a partida e virar o marcador.

Em outra ocasião pretérita, Morais foi o jogador a sofrer com o árbitro e suas interpretações corporais. Abaixo o vídeo e as notícias publicadas na época:



NETVASCO – 07/02/2007 – 23:45 – Vasco perde invencibilidade e liderança para o América: 2 a 1

Aos 38, Morais se atirou na área e recebeu o amarelo. A seguir, encostou a cabeça no braço do árbitro que o expulsou imediatamente, encerrando de vez a possibilidade de reação.

—————————————————

NETVASCO – 08/02/2007 – 00:11 – Eurico diz que árbitro ameaçou Morais antes do jogo

O presidente vascaíno Eurico Miranda declarou aos repórteres no vestiário, após a derrota do Vasco para o América (2 a 1), que, antes do jogo, o árbitro Luiz Antônio Silva dos Santos procurou o meia Morais e disse as seguintes palavras:

“Em 2004 eu apareci com você e hoje vou aparecer de novo.”

Eurico informou que vai tomar providências quanto à arbitragem:

“O mais grave é ele ter procurado o jogador antes do jogo e ter dito o que disse. O passado desse senhor não é bom. Ano passado, em Cabo Frio, ele deixou de dar um pênalti claro. Nós vamos tomar as providências contra a atuação desse senhor nos jogos do Vasco. Relate o que ele relatar, tem que relatar o que ele disse ao Morais”, declarou Eurico à Rádio Globo.

Em 2004, na semifinal da Taça Guanabara, o mesmo árbitro expulsou Morais no clássico contra o Flamengo. Clique aqui para acessar a notícia do jogo.

Clique aqui para acessar a notícia do jogo contra a Cabofriense, partida contestada por Eurico.

Fonte: NETVASCO (texto)

—————————————————

NETVASCO – 07/03/2007 – 22:42 – Aliviado, Morais comemora absolvição

Absolvido da acusação de ter agredido o árbitro Luís Antônio Silva Santos na derrota por 2 a 1 para o América, pela Taça Guanabara, o apoiador Morais, do Vasco, confessou na noite desta quarta-feira ter passado os últimos dias sob tensão.

– Agora estou tranqüilo, acabou essa tensão. Os jornais diziam que eu poderia pegar muitos dias de suspensão (até 540) e eu fiquei muito preocupado. Nem sequer consegui dormir direito. Nunca fui de fazer mal a ninguém, quanto mais contra o árbitro, que é a lei em campo – admitiu o jogador à Rádio CBN.

Fonte: Lancenet

—————————————————

Dito isso, quase no fim do clássico contra o time da Gávea, o árbitro cometeu um erro capital a favor do Vasco, que originaria no gol de empate, marcado por Nenê em penalidade máxima.

Ficamos, então, elas por elas?

Claro que não! O erro contra o Vasco, cometido com direito à encenação ocorreu aos 8 minutos do 2º tempo e, 11 contra 11, o rubro-negro se via inferiorizado no placar. Caso a partida terminasse com as duas equipes sem qualquer atleta expulso (relevando desde já a entrada duríssima do escorregadio Éverton em Rafael Marques na primeira etapa), a vitória do Vasco era altamente provável, até porque vencia com 53 minutos de bola rolando até o momento da expulsão de Luís Fabiano.

A forma como grande parte da imprensa está se comportando, fingindo não ter sido o fator de mudança do ritmo, da cara, do vencedor parcial do jogo, uma expulsão oriunda de uma verdadeira pixotada do árbitro, é hábito.

Caso fosse o contrário haveria por certo a mudança não de hábito, mas de análise da partida e de seus lances capitais, com participação da arbitragem.

Há um comediante tricolor que chegou a defender ter sido um gol do Flamengo mal anulado pela arbitragem, só porque Leandro Damião, completamente impedido, pulou na bola, antecipando-se ao zagueiro do Vasco, mas não a alcançou. Esse atua no papel de isento, e tem por hábito questionar lances polêmicos de arbitragem do clube que tanto o surrou ao longo de sua sensacional carreira no Fluminense, coroada de forma fantástica com a conquista da Série C em 1999.

O Vasco não precisaria, muito provavelmente, de pênalti algum para conquistar a vitória, que já tinha, contra o adversário. O roteiro escrito até ali era de mais um triunfo cruzmaltino, atuando, diga-se de passagem, com cinco reservas em campo, contra quatro do adversário.

Sabemos perfeitamente ser insatisfatória a análise para muitos que carregam tintas no pênalti mal marcado a favor do Vasco e tentam, inutilmente, justificar a expulsão mais insólita dos últimos anos de um atleta, fruto tão somente da simulação do juiz, que deveria por ela ter sido, ele juiz, expulso de campo simbolicamente pela plateia presente, principalmente a vascaína, que se quisesse ir ao teatro escolheria outro ator para assistir.

Já a FFERJ anunciou que o árbitro está fora do Campeonato Estadual pelo erro cometido, quando da marcação do pênalti a favor do Vasco, tão somente. Dá ela crédito ao árbitro, com sua atitude, para que tente a carreira de ator. “Cigano Igor” que se cuide…

Quanto à imprensa rubro-negra, por convicção ou interesse profissional, continuem tentando de lá, que daqui nós permaneceremos expondo-os mais e mais, fãs de atores canastrões, quando o beneficiado é a donzela rubro-negra, críticos contundentes de árbitros quando o prejudicado é o mais queridinho da mídia.

Casaca !

Fonte: Casaca