Para o comentarista Edmundo, do canal FOX Sports, o pênalti inexistente marcado por Luis Antônio Silva Santos, o Índio, para o Vasco, decretando o empate por 2 a 2 no clássico contra o Flamengo, foi uma compensação por um prejuízo anterior à equipe cruz-maltina com a equivocada expulsão de Luís Fabiano. O analista chegou a se estressar na atração após opinião divergente do especialista em arbitragem do canal, Carlos Eugênio Simon.
"A arbitragem do Índio foi desastrosa, porque na minha opinião o Luís Fabiano não deveria ter sido expulso. Apesar de não ser um ato comum, ir para cima do árbitro, mas ele não toca no Índio. O juiz simula uma agressão. Depois, para compensar a expulsão do Luís Fabiano, porque depois da expulsão o Flamengo virou, aí ele dá um pênalti inexistente que termina com o empate do Vasco", analisou em comentário para o programa A Última Palavra, na noite deste domingo (26).
De opinião diferente de Edmundo, Simon viu acerto do árbitro na expulsão do atacante: "Foi falta para cartão amarelo, a bola já nem está em disputa, aí o árbitro dá o cartão correto e o Luís Fabiano peita o Índio. Não havia necessidade nenhuma de fazer aquela encenação toda que o Índio fez, como se tivesse levado uma cabeçada e quase cair. Agora, a peitada aconteceu e jamais o árbitro pode ser peitado em campo, porque perde a autoridade total do jogo e todo mundo vai começar a peitar e empurrar árbitro . Dá para ver que o Luís Fabiano dá uma peitada no Índio."
Edmundo insistiu e contra-argumentou, chegando a se irritar: "Tem que entender um pouco do lado do jogador, porque é nítido que ele escorrega, comete a falta, não concorda com o cartão amarelo aplicado e tem uma atitude errada, não precisa peitar ninguém, mas aí me parece, não vejo nada de tão irregular assim na atitude do Luís Fabiano, aí o Índio simula que levou uma cabeçada, mas é só a minha opinião, porque também se não puder emitir minha opinião, Benja, não precisa nem me perguntar, para não criar mais polêmica, porque quando eu respondi o Simon já ficou bravo, porque aqui não não pode falar contra árbitro."
O ex-árbitro se defendeu: "Não, só um pouquinho, eu não fiquei bravo. Foi só uma questão de ordem, porque o mediador perguntou secamente e eu disse que as duas (arbitragens) fizeram lambança, mas a de São Paulo foi a pior. Aí quando tu disse que foi a carioca, já começou a fazer defesa dos teus lances, então democraticamente eu também pediria (a palavra). Claro que todo mundo pode falar e cada um tem a sua opinião, cada um tem a sua opinião", afirmou, no que Edmundo retrucou: "Mas aí eu tenho que falar do jeito que você quer?". Simon disse que não e colocou panos quentes, brincando que o errado era o apresentador do programa, Benjamin Back. "Nós estamos de acordo que o mediador é que está equivocado", fez graça.
Mais adiante no debate, Edmundo voltou a criticar a arbitragem e divergir de Simon: "Se você me permite, joguei 20 anos e esse Luis Antônio gosta de aparecer, já fez comigo. Depõe contra ele, Luís Fabiano, também, só que a autoridade máxima…", dizia, quando Simon o interrompeu: "É o árbitro, no campo de jogo é".
"Não acho que seja. Não deveria ser, porque el mais atrapalha do que ajuda. Ele gosta de aparecer, já me expulsou por nada, ponto. Se expulsa o Pikachu ele não aparece, ele só aparece expulsando o Luís Fabiano, o Edmundo, jogadores que têm nome", reclamou o ex-jogador comentarista. "Esse negócio de autoridade máxima eu não acho certo, porque dão uma autoridade ao árbitro que ele não sabe usar. Os árbitros também peitam. Quando querem dar uma dura nos jogadores, se impõe, gritam, xingam. Agora tem microfone, mas eu sou de um tempo antigo que xingavam, menosprezavam. Não estou falando da maioria, não, é especificamente desse rapaz."
"Tudo bem, mas é conceitual que é autoridade máxima, para manter a disciplina em campo. Eu também não estou aqui para defender o Índio, que teve um papel na arbitragem, parou, voltou a apitar, era um bom árbitro no começo e depois começou a pensar que os torcedores vão ao estádio para ver o Índio apitar, quando a realidade não é essa, o árbitro é um coadjuvante do espetáculo, todos têm que ter essa sensibilidade e humildade. Agora, o árbitro é autoridade, está ali para preservar as regras do futebol, que não foram feitas por ele. Autoridade é diferente de autoritarismo. Autoridade se estabelece com competência", enfatizou Simon.
"O Vasco fez um primeiro tempo melhor, com mais vontade, mais determinação. Os desfalques do Flamengo fizeram muita falta, principalmente o Diego. Flamengo criava muito pouco", comentou Edmundo, sobre a atuação dos times no primeiro tempo, de vitória parcial vascaína, com gol de Yago Pikachu. "A expulsão acabou desmontando todo o sistema defensivo e ofensivo do Vasco, o Flamengo se aproveitou, porque é um time experiente e virou o placar", completou Edmundo, sobre a reação rubro-negra com gols de Willian Arão a 14 minutos da etapa final e, cinco minutos, de Berrío. Nenê, na cobrança da penalidade polêmica, igualou o placar do clássico.
Fonte: Blog UOL Esporte Vê TV - UOL