Pioneiro no Rio, o Centro Avançado de Prevenção, Recuperação e Rendimento Esportivo (CAPRRES) chegou com a pompa das personalidades de Eurico Miranda e Alex Evangelista. Principal investimento em patrimônio do presidente, trouxe com ele o slogan “Lesão Zero”, promessa idealizada pelo coordenador científico. Tanta ousadia tem um preço:
- Eu sou cobrado por torcedores nas redes sociais. Recebemos muita crítica em relação à preparação física este ano, mas a equipe nunca deixou de correr. Talvez estivesse correndo errado. Mas não me escondo, falo sempre, sou a favor da verdade - afirma.
Nenê é um exemplo de bom desempenho do time. Contra o Madureira, o meia percorreu 14km. Para se ter ideia, Thomas Muller, da Alemanha, foi quem mais brilhou neste quesito na última Copa do Mundo: uma média de 12km por partida.
Apesar dos bons resultados desde a implementação, em 2015, o questionamento ao CAPRRES volta quando as lesões reaparecem. Para o jogo contra o Flamengo, amanhã, Milton Mendes não terá Rodrigo, Kelvin, Guilherme e Wagner, todos vindos de lesão. Luan, também desfalque, jogou um mês com uma fratura no pé, até que fosse definido que seria operado.
- Nosso trabalho é prevenir lesões e acelerar o retorno dos jogadores, sem ameaçar a saúde deles. Não sou eu, é um trabalho de todos, multidisciplinar. Nenhuma decisão é tomada sozinha - ressaltou Evangelista.
Resultados respaldam o CAPRRES
Nesses dois anos, o CAPRRES soma vitórias importantes. Eder Luis é apontado por Alex Evangelista como o caso mais simbólico. O atacante retornou ao Vasco com o receio de encerrar a carreira, por causa do problema crônico no joelho direito. No centro científico, conseguiu retomar a rotina normal.
Outro exemplo de sucesso é Rodrigo. Jogador de linha mais velho do elenco, foi quem mais atuou nas últimas duas temporadas, em um sinal de que o trabalho preventivo tem surtido efeito.
Com o tempo, o CAPRRES cresceu. Em 2015, foi implementado, mas ainda carecia de espaço próprio e mais aparelhos. Isso acabou ano passado, quando o prédio do CAPRRES foi inaugurado. Ainda assim, Evangelista garante que ele pode render mais:
- Estamos apenas no início. A cada ano, melhoramos, ganhamos experiência.
A cada troca de técnico, o centro precisa lidar com novos métodos de trabalho. Com Milton Mendes, perdeu espaço no trabalho da preparação física. Entretanto, reuniões entre Evangelista e a comissão técnica do treinador têm aumentado o intercâmbio de informações.
Fonte: Extra Online