Com Luxemburgo, Vasco aposta em estilo oposto ao de Cristóvão

Sábado, 18/03/2017 - 06:43
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Acabou a passagem de Cristóvão pelo Vasco e ao menos uma coisa parece certa: o que o clube procura no próximo treinador é a antítese do que encontrou no técnico que esteve no comando da equipe até a derrota para o Vitória, quinta-feira passada, que sacramentou a eliminação na Copa do Brasil. Capacidade de suportar pressão, mobilizar o elenco e resultados de peso no currículo são requisitos na mira da diretoria. Talvez por isso Vanderlei Luxemburgo seja um nome tão em alta em São Januário.

A expectativa é de que as partes entre em contato ainda neste sábado. Eurico Miranda é quem deve conduzir as conversas. Sexta-feira, foi ele quem comunicou Cristóvão da demissão, no começo da tarde, logo depois que o time retornou de Salvador.

Além de Luxemburgo, outros nomes foram cotados, sem a mesma força. PC Gusmão, que está no Madureira, foi ventilado. O perfil de PC é semelhante ao de Luxa, com a vantagem que já conhece o clube e é bem mais barato que o pentacampeão brasileiro.

Justamente a questão financeira pode ser um obstáculo para o Vasco fechar com um nome como de Vanderlei Luxemburgo, visto pela diretoria como necessidade neste momento de pressão da torcida. Desde que Eurico Miranda assumiu o clube, a aposta foi em técnicos mais baratos: Doriva, Celso Roth, Jorginho, e por último, Cristóvão.

Trabalho de Cristóvão não conquista elenco

Contratado em dezembro do ano passado, Cristóvão tinha a missão de remontar a equipe do Vasco no ano de retorno à Primeira Divisão. Porém, o trabalho não obteve os resultados esperados. Foram sete vitórias, dois empates e cinco derrotas. Internamente, sua metodologia não caiu nas graças do elenco.

Apesar de bem quisto pelos jogadores, devido à facilidade no relacionamento diário, o treinador desagradou pelo estilo pouco mobilizador nas preleções antes dos jogos, um contraste ao estilo eloquente de Jorginho, seu antecessor. Nas atividades em campo, era considerado pouco adepto dos trabalhos táticos, com a realização de muitos coletivos e poucas intervenções para a correção de erros. Tudo isso minou também a confiança da diretoria.

O desempenho físico dos jogadores do Vasco também tem sido questionado e isso cai não apenas sobre o treinador, demitido, mas também sobre o restante da comissão técnica, incluindo o gerente científico Alex Evangelista, responsável pelo Centro Avançado de Preparação, Recuperação e Rendimento Esportivo (CAPRRES). Há uma reclamação dentro do elenco de que o time tem feito poucas atividades físicas no gramado, o que estaria prejudicando o rendimento do grupo este ano.




Fonte: Extra Online