Fernando Horta responsabiliza empresa por acidente com carro da Unidos da Tijuca

Terça-feira, 07/03/2017 - 11:36
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O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, deixou a 6ª DP (Cidade Nova) sem falar com a imprensa, no fim da tarde desta segunda-feira, na companhia de três seguranças. Ele prestou depoimento por cerca de três horas sobre o acidente com um carro alegórico da escola, há uma semana, durante o segundo dia de desfiles no carnaval carioca. Segundo o advogado de Horta, Alexandre Lopes, a perícia preliminar feita pela Polícia Civil constatou que houve uma falha no equipamento hidráulico que movimentava a alegoria.

— Este equipamento é terceirizado pela escola. Há uma empresa que monta e é responsável pela manutenção e operação. Ninguém da escola pode manuseá-lo, somente a Berg Indústria Mecânica. E há um funcionário da Berg junto ao carro — explicou o advogado.

Um representante da empresa citada por Alexandre também foi ouvido na delegacia. Ele deixou o local sem conversar com os jornalistas, mas uma nota assinada pela advogada Renata Pires de Serpa Pinto foi entregue à imprensa. No texto, a Berg Indústria Mecânica trata como "prematuro" fazer qualquer afirmação, no momento, a respeito das causas do acidente.

Em seu depoimento, Horta contou aos policiais que foram feitos pelo menos oito testes no barracão, inclusive com os componentes sobre o carro, e nada de errado havia sido constatado no equipamento hidráulico. O presidente da Unidos da Tijuca também negou aos policiais que a alegoria palco do acidente estivesse superlotada na Avenida.

Na madrugada da última terça-feira, a estrutura de um carro da Unidos da Tijuca cedeu e pelo menos 15 pessoas ficaram feridas. Componentes foram retirados da alegoria pelos bombeiros, e integrantes da escola fizeram uma barreira para impedir que pessoas chegassem perto do carro, que atrapalhou a entrada das alas durante o desfile.

Na véspera, um carro da Paraíso do Tuiuti já havia ferido 20 pessoas ao ficar desgovernado na Avenida. A alegoria bateu na grade do setor 1 no momento que fazia uma curva, e atingiu quem estavam no local. Quatro pessoas foram indiciadas por esse acidente, pelo crime de lesão corporal culposa (quando há negligência, imperícia ou imprudência): o motorista Francisco de Assis; o engenheiro Edson Marcos Gaspar de Andrade; o responsável pelo carro, o diretor de alegoria Jaime Benevides; e o diretor de carnaval Leandro Azevedo.

Veja, abaixo, a nota enviada pela advogada da Berg Indústria Mecânica:

"Na qualidade de procuradores da Berg Indústria Mecânica LTDA, esclarecemos que a referida empresa atua há mais de 20 anos no carnaval carioca, prestando serviços para diversas agremiações, sempre de forma técnica e precisa, sem nunca ter contabilizado qualquer tipo de acidente em todo esse período.

Seria muito prematuro qualquer manifestação sobre os motivos do acidente ocorrido com o carro da G.R.E.S. Unidos da Tijuca, uma vez que ainda não tivemos acesso às conclusões periciais e nem ao veículo envolvido.

A empresa está auxiliando nas investigações para que tudo seja resolvido de forma clara, prestando os depoimentos necessários e entregando toda documentação que está em seu poder.

Desde já, nos solidarizamos com as vítimas e continuamos à disposição das autoridades policiais e demais autoridades competentes."



Fonte: Extra Online