Pela segunda vez na atual temporada, Flamengo e Vasco vão duelar pelo Novo Basquete Brasil (NBB). Desta vez, o local escolhido para o clássico foi a Arena Amadeu Teixeira, que, recentemente, foi palco de jogos da Superliga Feminina de Vôlei. A receptividade e paixão dos amazonenses têm sido a marca registrada das partidas realizadas no local, porém, para o derby carioca, o horário do jogo chamou atenção. O duelo será às 13h do próximo dia 11 de março, quando o sol “castiga” em Manaus.
Mesmo sendo em um local fechado, nas redes sociais, as torcidas chiaram e se preocuparam com o forte calor, principalmente porque a expectativa é de casa cheia. Porém, de acordo com o meteorologista Gustavo Ribeiro, do 1º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologista (Inmet), os fatores climáticos não vão atrapalhar o espetáculo. Em virtude de um inverno até mais rigoroso que dos últimos anos, Ribeiro afirma que o calor de Manaus não será ofensivo aos jogadores, mesmo que sejam adaptados a outras regiões do Brasil.
“Não haverá nenhum susto em relação à temperatura alta, não deverá estar muito quente, pois estamos em plena estação chuvosa, época em que as temperaturas são mais amenas”, disse.
Para os torcedores que estarão presente no confronto, o calor não também não será problema. Como é um ginásio coberto, o meteorologista diz não existir risco de desidratação.
“Nada mais que o habitual. Acredito que dentro da arena Amadeu Teixeira as condições sejam mais favoráveis à prática esportiva que externamente, como em campos de futebol”, explicou.
Gustavo Ribeiro explica que a temperatura média do ar no mês de março na cidade de Manaus é de 30,6°C. O meteorologista também garantiu que para realização de um jogo com nível técnico invejável, ambas equipes não necessitariam treinar com antecedência na cidade de Manaus.
“Não vai interferir. Não é necessário nesta época do ano. No período chuvoso da Amazônia é a época mais quente na maioria dos estados brasileiros, já, que em nível nacional estamos em pleno verão”, explicou.
Avaliação médica
Para o experiente médico da área esportiva, doutor Remédio Leocádio, que trabalhou durante quatro décadas no São Raimundo, os fatores climáticos de Manaus não afetarão os jogadores.
“Diferente dos malefícios da Arena Amazônia, que são iguais ao antigo Vivaldo Lima, dentro da quadra da Arena Amadeu Teixeira é mais arejado. Lá em baixo no campo do estádio faz muito calor, ao contrário do palco do basquete, que recebe maior fluxo de vento. Acredito que ambas equipes vão encontrar as mesmas dificuldades vistas em outros Estados, pois estamos no inverno. Tudo já está sendo previsto por parte das delegações dos times, que possuem um aparato médico muito bom, são realmente preparados para jogar fora de suas casas. Apesar de no basquete o atleta desidratar mais que no futebol por existir maior consistência e mobilidade de jogo, o desempenho técnico dos atletas não correrá risco”, avaliou.
Mesmo assim, o especialista em medicina esportiva criticou o horário agendado da partida. “De qualquer forma, o jogo deveria ser em um horário mais adequado, pois infelizmente os organizadores destes eventos não olham os interesses do atleta e dos torcedores”, disse o médico campeão estadual pelo Rio Negro, tricampeão amazonense e tricampeão do Norte pelo São Raimundo.
Fonte: O Tempo