A dor no pé, primeiro sintoma do fim de carreira próximo, não tirou Luizão dos dois jogos finais da Copa do Brasil de 2006. A infiltração garantiu a escalação entre os titulares do Flamengo, um gol de cabeça no primeiro jogo contra o Vasco e, enfim, a taça no segundo. Foram duas vitórias: 2 a 0 e 1 a 0.
Luizão guarda bem aquele mês de julho de 2006.
- Esse Flamengo x Vasco é meu jogo inesquecível. Tinha um problema no pé, tomei infiltração, joguei mancando. Foi o último título da minha carreira. O Maracanã estava cheio e não me lembro de nenhuma confusão - conta o ex-atacante, hoje empresário.
Um túnel do tempo explicaria o tamanho da emoção. Em 98, Luizão vestira a camisa de herói do Vasco na vitoriosa campanha da Libertadores.
- Fiz dois gols contra o Grêmio e dois contra o Chivas (Guadalajara) - diz, lembrando sua boa performance nos dois jogos da primeira fase, quando o Vasco venceu os respectivos adversários por 3 a 0 e 2 a 0.
Os tempos mudaram. Em vez das camisas cruz-maltina ou rubro-negra, Luizão vestirá neste sábado a fantasia de carnaval. Não, ele não estará em Volta Redonda, mas em Votuporanga, no interior de São Paulo.
- É o melhor carnaval do mundo. Eu amo futebol, mas não sei se vou conseguir ver o jogo pela televisão, não (risos). Se assistir, não vou torcer. Como vou torcer contra o Vasco ou o Flamengo? Fui feliz nos dois clubes.
O que tira a felicidade e, em parte, a graça do futebol, é a violência das torcidas.
- Não adianta prender e soltar. Tem que deixar os caras presos. O que não pode acontecer é tirar um clássico como Flamengo x Vasco do Rio. Isso é uma tristeza para o futebol carioca - encerra Luizão.
Fonte: Blog Extracampo - Extra Online