Wagner Diniz relembra pênaltis cavados e treinos de Romário

Quarta-feira, 22/02/2017 - 14:29
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''Wagner Diniz avança pela lateral, entra na área em velocidade e... pênalti para o Vasco''. Pouca coisa era tão comum em São Januário quanto esse tipo de narração entre os anos de 2005 e 2008. Hoje, quase 10 anos depois, o lateral admite, aos risos, que grande parte dessas infrações foram ''cavadas''. Nesta temporada, o atleta, com 33 anos, vai vestir as cores do Rio Negro-AM no Campeonato Amazonense.

- O problema dos pênaltis é que as jogadas eram sempre muito rápidas. Muito complicado para arbitragem acompanhar o lance, pois, como eu disse, era quase sempre muito rápido. Às vezes, você, naturalmente, conseguia uns pênaltis cavados - contou, aos risos.

Após quatro temporadas, Wagner defendeu o Cruz-Maltino em mais de 150 partidas. No clube, ele não conquistou título, mas atuou ao lado de um dos grandes jogadores da história, o Romário. Sobre o Baixinho, ele desmitificou essa história de que o atacante não gostava de treinar.

- O Romário dispensa comentário. Era um excelente atleta, resolvia, quando a bola chegava, não tinha como não comemorar. Raramente errava. Um cara que sempre buscava treinar as finalizações, mesmo sabendo do dom que possuía. No treino, praticava intensamente as finalizações. Ele era diferente de qualquer outro, pois treinava muito o que já sabia fazer - acrescentou.

Além de Romário, Diniz também foi companheiro de outro ídolo do país: Neymar. Todavia, ao mesmo tempo em que ele acompanhou o fim de carreira do Baixinho, o lateral viu o atual atacante do Barcelona e da seleção brasileira dar os primeiros passou no Santos, em 2009. Foi nessa temporada que o jogador estreou na equipe profissional do Peixe.

- Era jovem, mas já dava para ver que ele (Neymar) era diferenciado. Tanto que tornou-se o comandante da nova geração da seleção brasileira. Um cara que puxa a responsabilidade e se dedica para colocar o Brasil em alto nível - concluiu.

Aos 33 anos, mas em plena forma física, Wagner descartou a aposentadoria. Pelo contrário, ele almeja boas atuações e, quem sabe, voltar ao cenário nacional.

- Tem muita coisa ainda para rolar. Esse clube é um trampolim para voltar ao cenário nacional. Um clube que tem essa estrutura tem uma visibilidade muito boa. Vou me dedicar ao máximo para ganhar destaque naturalmente - finalizou.

Confira a entrevista na íntegra

Proposta do Rio Negro

Na verdade fiquei muito animado com as conversas que tive inicialmente com a diretoria. Eles estão com um projeto interessante, que me animou bastante. Já vi as estruturas do clube e as condições que eles dão, há uma excelente academia para os atletas se prepararem bem. Essa nossa caminhada é devagar, a cada dia conhecendo cada vez mais os companheiros. Já conversei com o professor Lana, que sempre deu apoio. Deu para perceber que esse grupo promete, muito por causa da alegria e das peças que possui.

Elenco

Já tive a oportunidade de jogar com o Rodrigo Ítalo (lateral e meia) e Erick Zamora (zagueiro), são dois jogadores que conheço. Vão somar bastante ao clube, e eu creio que vamos fazer um excelente trabalho. A cada refeição que estamos juntos, procuro conhecer melhor cada um. No campo é o mesmo: avalio as características de cada um.

Perspectivas para 2017

Estou muito esperançoso com o projeto que apresentaram e com as condições que dão para trabalhar. Vamos fazer nosso melhor. Com a aliança de todos, os jogadores vão ficar mais a vontade. Essa estrutura aqui todo clube queria ter. Os caras que estão na frente são sérios e vão fazer o máximo para ajudar. Um clube com essa estrutura deveria estar em nível nacional. Tem excelentes jogadores, procuram fazer um grupo competitivo.

Carreira

Tive a oportunidade de jogar no Treze, onde passei um ano e meio e fizemos um excelente Copa do Brasil. Depois, fui ao Vasco e graças a Deus tive bons momentos lá, jogando em alto nível. Fui para o São Paulo, onde tive pouca oportunidade, pois o clube não trabalhava muito a parte física. Depois, fui para o Santos, onde participei do Campeonato Brasileiro. Em seguida, Atlético Paranaense. Depois, rodei por alguns clubes, até que parei no América-RJ, time que abriu as portas para mim e sou muito grato.





Fonte: GloboEsporte.com