A derrota por 1 a 0 para o Volta Redonda, no domingo, não estava nos planos do Vasco. Foi um balde de água fria, mas também houve motivos para criar uma boa expectativa de melhora. Depois da "hibernada" coletiva da defesa no gol dos donos da casa, logo no início da partida, o Vasco passou a criar diversas oportunidades de marcar, mas a pontaria falhou. Faltou um Luis Fabiano, um centroavante para empurrar a bola para a rede.
Sem Thalles, debilitado após uma forte amigdalite, o técnico Cristóvão Borges apostou em Muriqui, um jogador de mais velocidade, mas sem tanta presença de área. As melhores chances não caíram em seus pés. Seu melhor lance foi um passe de peito para uma finalização de Guilherme. O meia foi quem mais chegou para finalizar. Pelo menos cinco oportunidades. Quando ele acertou o alvo, o goleiro salvou.
Além de Guilherme, Nenê, Gilberto, Rodrigo, Kelvin e Ederson tiveram chance de, ao menos, empatar o jogo. Não conseguiram.
- Sem o Luis Fabiano tivemos o Thalles, que também faz (gol). Hoje o Guilherme teve chance, todo o ataque teve chance. Nós criamos, faltou acertar. O mais difícil é criar, e a quantidade que nós criamos foi muito grande para termos perdido o jogo - afirmou Cristóvão.
O ganho mais claro do time do Vasco com a chegada dos reforços foi a boa dupla Kelvin-Gilberto, que, apesar do pouco entrosamento, se entenderam bem e mostraram muita velocidade e técnica. Transformaram o lado direito. O lateral entrou na área para finalizar também. Acertou a trave, inclusive. Ganhou definitivamente a vaga de titular.
Depois da derrota por 3 a 0 para o Fluminense, na estreia, o assunto principal se tornou a fragilidade da proteção aos zagueiros. A entrada de Jean, que fez seu segundo jogo com a camisa do Vasco, mostrou que houve bastante evolução. Outro que já caiu nas graças da torcida e teve o nome gritado depois de uma roubada de bola. Foram ao menos três desarmes importantes na partida.
O estreante da noite foi Wagner. Ele não atuou em sua posição original, como um meia avançado. Como o time precisava ser mais ofensivo, ele entrou no lugar de Bruno Gallo e ficou por trás dos apoiadores para ser o organizador. Fez bem o papel. Em um raro avanço, teve uma chance em chute de perna direita após um rebote do goleiro, mas não conseguiu fazer o gol.
- Vai haver uma disputa muito grande, porque são muitos bons jogadores por posição, e alguns deles jogando em várias funções. A dificuldade será para escalar, e até para formar banco no Carioca - disse Cristóvão.
O elenco cruz-maltino faz apenas trabalhos regenerativos nesta segunda-feira e retoma os treinos no campo na terça-feira, em São Januário. O próximo compromisso pelo Carioca é jogo com a Portuguesa, sábado, na Colina. A equipe cruz-maltina está em segundo lugar no Grupo C com seis pontos.
Fonte: GloboEsporte.com