Após sete jogos em 2017, o Vasco ainda é um projeto em construção. A vitória por 2 a 0 sobre o Santos-AP garantiu a classificação na Copa do Brasil, mostrou evolução no modelo de jogo - apesar da baixa qualidade do rival -, mas ainda deixou questões a serem expostas no time de Cristóvão Borges. Entre certezas, como a ótima fase de Nenê, projeções – estreias de Kelvin e Gilberto – e desconfianças, é possível tirar cinco lições deste início de temporada cruz-maltino. Confira abaixo:
Nenê é o cara
O meio-campista começou 2017 a todo vapor. São cinco gols e três assistências, participação direta em oito dos 11 gols cruz-maltinos na temporada. Contra o Santos, o craque se movimentou bastante, apareceu dos dois lados do campo e criou diversas jogadas. Para completar, é dos que mais correm no time.
- Isso é a liberdade que o Cristóvão me dá. Procuro aproveitar a cada jogo. Gosto de ter a bola, tenho essa leitura de onde temos mais espaço. Isso é uma coisa minha – analisou o camisa 10.
Reforços de verdade
Kelvin e Gilberto entraram no segundo da partida e deram muito mais força ofensiva à equipe (veja abaixo lance entre os dois). O atacante finalizou cinco vezes, e o lateral conseguiu boas jogadas pela direita. A tendência é que, aos poucos, conquistem a vaga no time titular e consigam, realmente, encorpar o elenco cruz-maltino. E ainda há Manga Escobar e Wagner à espera...
- Entrei leve, muito tranquilo. Respeito muito meus companheiros, são jogadores de muita qualidade. Quem entrar tem que estar ligado – afirmou Gilberto.
Finalização pode melhorar
Das cinco finalizações de Kelvin no jogo, três chutes foram para fora e dois cabeceios pararam nas mãos do goleiro rival. O Vasco criou muito, especialmente no segundo tempo, mas não concluiu com qualidade. Os dois gols saíram de pênalti. Ao todo, o time balançou as redes 11 vezes no ano, mas só em duas oportunidades através de jogadas trabalhadas – na vitória por 2 a 1 sobre o Resende.
O modelo de volantes-meias está em extinção
Cristóvão começou o ano testando meias recuados como volantes para dar mais qualidade. Era um misto de conceito com necessidade. Com a contratação de Jean, a chegada iminente de Bruno Paulista e os retornos de Douglas e Marcelo Mattos, o treinador já pensa de outra maneira. Ao elogiar Jean, deixou claro que a presença de um homem de mais marcação protegeu mais a defesa.
- É um jogador que supre bastante aquilo que precisamos. Dá melhor proteção na defesa, consistência. A equipe tem ficado mais sólida naquele setor do campo - disse Cristóvão.
Guilherme, o coadjuvante
Se Nenê brilha neste início de ano, há um coadjuvante na equipe que tem ajudado bastante o craque. Guilherme entrou no time há três partidas e conseguiu se firmar. Contra o Santos, foi ele que sofreu os dois pênaltis convertidos pelo camisa 10 (veja uma das jogadas no vídeo abaixo). Atuando pela direita, mas flutuando para ajudar na armação, o jovem tornou-se peça importante no esquema de Cristóvão.
Fonte: GloboEsporte.com