A novela continua. Marcado para o próximo sábado, dia 28 de janeiro, o esperado duelo entre Vasco e Flamengo, pelo Novo Basquete Brasil (NBB), sofreu um novo golpe. A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro informou que não disponibilizará efetivo para fazer a segurança da partida, que está marcada para a Arena da Barra da Tijuca, e pediu novo adiamento do jogo. A Liga Nacional de Basquete, no entanto, garante a realização da partida, ainda que seja com torcida única.
Em um primeiro momento, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) deu o aval para a realização da partida. Mandante do jogo, o Vasco chegou a divulgar a venda de ingressos para a partida. Nesta terça, porém, adiou após o comunicado da PM. Em nota ao GloboEsporte.com, a assessoria de imprensa da corporação informa que não foi consultada sobre a partida.
- A Assessoria de Imprensa da Polícia Militar informa que a Corporação não foi informada ou consultada formalmente sobre o planejamento do referido jogo, ficando sabendo do mesmo através da tabela divulgada na internet. Sendo assim, notificou a Liga Nacional de Basquete (LNB), organizadora do campeonato Novo Basquete Brasil (NBB). Nesse documento, a Corporação solicita o adiamento do jogo para que o planejamento seja ajustado entre as partes no sentido de garantir a segurança dos torcedores no evento e considerando os antecedentes de torcidas rivais no Rio de Janeiro.
A PM alega não ter efetivo suficiente para cobrir todos os eventos da cidade neste sábado. Entre eles, o jogo do Botafogo contra o Nova Iguaçu, pelo Campeonato Carioca, no Engenhão. Major Silvio Luiz, responsável pelo Gepe, afirma que a decisão é da Polícia Militar.
- Não é o Gepe que autoriza a partida. O Vasco fez a solicitação de efetivo e passamos para o Comando. Eu tenho a visão do Gepe. O Comando vê todos os eventos que acontecem no sábado. Ensaios de Escola de Samba, Operação Praia, jogo do Botafogo. A polícia não é consultada. Não tem como, não tem efetivo suficiente para cobrir tudo - afirmou.
Nos bastidores, a diretoria do Cruz-maltino trabalhou para que o clássico tivesse torcida dupla, o que ainda não estava confirmado por questões de segurança. A partida deveria ter acontecido no dia 18 de dezembro do ano passado, mas foi adiada pela falta de definição de um ginásio para o encontro. Desta vez, a Liga Nacional de Basquete não trabalhou com a hipótese de um novo adiamento, apenas esperava a definição do Vasco sobre a presença ou não das duas torcidas.
Por questões de segurança, o Gepe informou desde dezembro que nenhum ginásio do Rio tem disposição para separar as torcidas. E, assim, não determinou, mas recomendou que o duelo tivesse apenas a torcida vascaína. Para que o contrário acontecesse, o Cruz-maltino teria que arcar com a instalação de divisórias entre as torcidas na Arena da Barra. Caso isso não fosse feito, o Gepe encaminharia a solicitação de policiamento do Vasco para os superiores do Major Silvio Luis, comandante do grupo. Segundo o oficial, a PM não foi consultada para a realização da partida.
Fonte: GloboEsporte.com