Ao chegar o Vasco, Dedé Barbosa tinha uma missão. O time, apesar da alta expectativa da torcida, se mostrava irregular em sua temporada de estreia no NBB. Aos poucos, porém, evoluiu. Diante do Brasília, no noite de quinta-feira, em São Januário, a equipe mostrou força contra um dos favoritos ao título e subiu ao G-4 da tabela. O técnico, claro, não poupou elogios ao time. Mas, ao festejar, também adota a cautela.
Para Dedé, o Vasco ainda corre para chegar ao patamar de outras equipes. Afirma que times como Flamengo, Bauru e o próprio Brasília estão anos à frente do clube de São Januário. Por isso, espera que o triunfo anime, mas que não gere nenhum "oba-oba".
- Desde o momento que você assume um time grande, que tem a proposta de chegar sempre no topo, não tem como você fugir dessa responsabilidade. Jamais vou fugir disso. Mas nós, comissão técnica, jogadores, diretoria, temos de estar cientes de que estamos em uma crescente, mas que estamos correndo atrás desses times. Não é por causa de uma vitória contra o Brasília, ou que tem um jogo contra o Flamengo, que podemos nos deixar levar em um oba-oba. Estamos correndo atrás de Brasília, de Bauru, de Flamengo, de times que já estão construídos, prontos com uma base. É uma coisa que precisamos estar muito lúcidos quanto a isso.
Na próxima partida, o Vasco volta à quadra de São Januário para enfrentar o Minas, na próxima quinta-feira. Dedé diz que o triunfo contra o Brasília dá moral, mas pede atenção contra os rivais mineiros.
- O mérito é total dos jogadores. Realmente, eles se empenharam, principalmente na parte da defesa. Eles sabiam que era para jogar na base de 70 ou 75 pontos contra o time que tem maior volume de jogo. Brasília é um time que tem muito contra-ataque, sai muito rápido. Dá um ganho de moral, mas não podemos cair na pegadinha. Quinta tem jogo contra o Minas. Se entrarmos nessa, tomamos aqui dentro.
Desde a chegada a São Januário, Dedé soma quatro vitórias e uma derrota à frente da equipe. Com uma carreira vitoriosa dentro e fora de quadra, o técnico diz que o fato de conhecer boa parte do elenco ajudou na adaptação. Mas afirma que o Vasco tem muito a evoluir.
- Eu conhecia muito dos jogadores que estão aqui. Acho que foi muito fácil a adaptação. Por eu já conhecer, por já ter trabalhado como assistente, como jogador e como técnico. Então, muitos já sabiam da minha filosofia, da minha característica. As reuniões estão sendo muito válidas, principalmente fora da quadra. O Vasco tem muito a evoluir. Não estou tirando o mérito de ninguém, não estou falando besteira. Estou afirmando que tem muito a evoluir como time, como equipe. Tem muito a ser dado ainda.
Fonte: GloboEsporte.com