Com a chegada de Wagner, o Vasco tem em seu elenco nove jogadores para atuar na linha de três do 4-2-3-1 esboçado pelo técnico Cristóvão Borges. O meio-campista foi indicação expressa do treinador e é de se esperar que ele faça parte do time ideal na cabeça do comandante (confira lances do jogador no vídeo). Mas onde exatamente o terceiro reforço cruz-maltino em 2017 pode se encaixar no time?
- Estando entre os 11 titulares, não importa a posição. Quero jogar. Sei jogar na ponta, no meio, na ponta direita. Só não joguei de zagueiro e goleiro. O Cristóvão sabe melhor que ninguém – respondeu o meio-campista, em sua entrevista coletiva de apresentação em São Januário.
O trabalho no Fluminense aproximou Cristóvão de Wagner. Por isso, é justo começar a esboçar o espaço do meio-campista a partir de sua passagem pelo Tricolor. Naquele momento, o jogador foi utilizado, majoritariamente, aberto pela direita na linha ofensiva do 4-2-3-1. Entretanto, atuou em outras funções, dependendo da necessidade do time.
- Wagner ajudava Conca na armação, não era protagonista. Atuava mais pela direita, com Conca no meio e Sobis pela esquerda. O começo do Cristóvão foi bom, teve um jogo contra o São Paulo no Maracanã com vitória por 5 a 2, e o Wagner foi muito bem. O problema é que depois os adversários entenderam a forma de o Flu jogar. O time era marcado e não sabia o que fazer - contou o repórter Hector Werlang, setorista do Fluminense pelo GloboEsporte.com.
Encaixe natural
Esta é a aposta mais forte também para o Vasco. Afinal, neste início de temporada, Cristóvão montou o Cruz-Maltino no mesmo esquema tático. Em condições ideais, Muriqui atua pela esquerda, onde se diz mais confortável, Nenê joga centralizado, e sobra a vaga na direita. Nos primeiros testes, Escudero e Guilherme Costa, dois canhotos como Wagner, foram testados na função.
Na teoria, uma linha com Muriqui, Nenê e Wagner dá força ofensiva, com os pontas cortando para dentro para finalizar – pontos fortes de ambos. Mas falta velocidade e profundidade, que devem ser providenciadas pelos laterais.
Ponta esquerdo ou armador centralizado
Uma variação simples é a presença de Wagner pela esquerda. Assim, seus movimentos seriam diferentes. Em vez de cortar para dentro, procuraria a linha de fundo e apostaria na velocidade. Muriqui ou Eder Luis, pela direita, fariam o mesmo. Esta, inclusive, pode ser uma variação no decorrer da partida, dependendo do contexto.
O mesmo pode ser dito da presença de Wagner pelo meio, numa hipotética ausência de Nenê ou mesmo numa troca de posição. Foi assim que o jogador se destacou pelo Cruzeiro, quando alcançou notoriedade nacional.
Recuado
Wagner pode também ser uma aposta de Cristóvão para melhorar a saída de bola do Vasco. O treinador já experimentou algumas vezes na carreira recuar meio-campistas para dar mais qualidade na troca de passes no setor.
Por enquanto, ele testou Evander e Julio dos Santos na função. Como é início de temporada e tem no novo reforço um de seus homens de confiança, não é de se espantar que o técnico possa usá-lo nesta função.
Espaço garantido
Independentemente de onde jogar, a certeza é de que Wagner é peça-chave nos planos de Cristóvão. Questionado sobre a posição do meia, o treinador despistou, mas deixou claro: o importante é arrumar um espaço para o pupilo.
- Quando trabalhamos juntos, ele foi muito bem, passou por um bom momento. É um grande jogador, até por isso quis trazê-lo. Aqui o ambiente é legal, será muito bem recebido e eu espero que ele possa jogar em um nível alto. Quero ter bons jogadores. Espaço a gente arruma. Estamos conseguindo trazer reforços de peso, importantes.
A resposta para o lugar de Wagner começa a ser respondida na próxima segunda-feira, quando ele deve ser integrado ao elenco. Atualmente, o Vasco está nos Estados Unidos para a disputa do Torneio da Flórida.
Fonte: GloboEsporte.com