O Cruzeiro espera encerrar a novela Riascos nesta sexta-feira. Uma audiência de conciliação em Brasília, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), será realizada, e as partes estão dispostas a chegar um acordo amigável para que o atacante possa atuar por outro clube, e a Raposa deixe de conviver com esse imbróglio.
Um dos advogados do clube que estará na audiência, Maurício Corrêa da Veiga, espera que a situação tenha um ponto final nesta sexta.
- Creio que saia o acordo amanhã (hoje), porque o próprio jogador, o Riascos, e isto está documentado inclusive nos autos, o jogador Riascos fez uma proposta ao Cruzeiro. Ele pagaria 800 mil dólares e ficaria livre. Isso pode ser uma base para início de conversa.
Segundo o advogado do clube, a decisão do Tribunal Regional de Trabalho, em Minas Gerais, está extinta. Portanto, caso a audiência não tenha um consenso entre as partes, o jogador continuará a ser obrigado a pagar um valor da cláusula indenizatória que está no contrato com o Cruzeiro.
- Essa decisão que vinculava a saída dele do clube mediante o pagamento de um caução que era no valor mais ou menos de 3 milhões de reais, essa decisão foi extinta, porque a decisão do TRT, tanto o mandado de segurança foram julgados extintos . Portanto, se ele quiser sair do Cruzeiro, ele vai ter que pagar o valor da cláusula indenizatória.
Entenda o caso
Em julho de 2016 Riascos foi afastado depois de declaração polêmica após partida contra o Fluminense. Em agosto, Riascos – que tem contrato com o clube até 2018, ajuizou uma ação para requerer rescisão com o Cruzeiro alegando que que "estava sendo impedido de prosseguir com o exercício de suas atividades profissionais". Porém, o juízo da 27ª Vara do Trabalho de BH denegou a tutela.
O jogador colombiano então impetrou um mandado de segurança contra este ato do juiz, e uma liminar do TRT-MG determinou que o clube desse ao jogador um atestado liberatório, com a condição de que o clube interessado em contratar Riascos fizesse um depósito, a titulo de caução, no valor de R$ 3,2 milhões. Diante disso, em setembro, o jogador interpôs um habeas corpus para pedir liberação para poder vincular-se a qualquer equipe sem a necessidade do depósito caução.
O Regional acolheu parcialmente o pedido do colombiano e autorizou o atleta a jogar apenas no Brasil, sem a necessidade do pagamento. Em outubro, Riascos novamente recorreu ao TRT-MG para conseguir liberação de trabalhar em equipes estrangeiras. Segundo o colombiano, ele precisava garantir sua subsistência até a próxima audiência, marcada para maio de 2017.
Segundo seus representantes, ele não conseguiria atuar mais no Brasil devido ao fechamento da janela de transferências, mas teria uma oportunidade de atuar no futebol dos Emirados Árabes, onde a janela fechava em 25/12/2016. Junto deste pedido, Riascos apresentou um habeas corpus no TST.
Fonte: GloboEsporte.com