Casaca divulga nota sobre a finalíssima do Estadual de Basquete

Terça-feira, 06/12/2016 - 07:31
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Quando o risco é ser Campeão

É altamente questionável, após nove anos da última disputa entre Vasco e Flamengo no Basquete adulto, o Poder Público não dar garantia para a disputa dos jogos entre as duas equipes com a torcida dividida, em qualquer competição que ambas disputem, em ginásios neutros. Este é o primeiro ponto a ser levantado, embora tenha sido levada em conta a conclusão chegada, tanto por parte do Vasco quanto do Flamengo.

Mas se houve uma medida preventiva por parte do Poder Público no referido quesito e a torcida do Flamengo se comportou da maneira como o fez em duas oportunidades distintas, mesmo após ser punida com a perda de um mando de quadra nas finais do Estadual, fica evidente que para a segurança e integridade dos atletas do Vasco e comissão técnica não poder haver jogo de torcida única deles (ainda mais numa decisão), justamente pelo risco causado.

Ademais a confusão pode ser dentro ou fora da quadra, como a vista na semana passada, e não se sabe qual seria o comportamento do adversário diante de mais uma derrota sofrida contra nós. O mesmo argumento foi utilizado pelo ala rubro-negro Marcelinho na segunda partida decisiva, questionando torcida única do Vasco e as consequências disso, caso o Flamengo fosse campeão dentro de São Januário (que era o local de mando do clube na ocasião).

Além disso, a partida foi marcada para 06 de dezembro, mas poderia ter sido passada para qualquer data posterior na qual houvesse a garantia de que teríamos um local adequado para a disputa do título com as duas torcidas presentes, o que além de ser comuníssimo na história dos Campeonatos Estaduais de Basquete (adiamentos de jogos eliminatórios/decisivos) ao longo dos anos, em nada interferiria para ambas as equipes, pois seus elencos permanecem os mesmos em virtude da disputa da NBB, enquanto que a próxima competição estadual só ocorrerá lá pelo meio do ano que vem.

No esporte deve prevalecer o bom senso e não está havendo entre dirigentes do Flamengo, Tribunais, Poder Público, Federação e aliados da tese defendida pelos citados.

Num programa esportivo transmitido ontem pela Rádio Tupi, Fernando Lima, Vice-Presidente de Esportes de Quadra e Salão do Vasco foi feliz em suas colocações, falando inclusive do sofrido pelo Vasco no jogo em que venceu o adversário com torcida toda deles, fruto da confusão ocasionada por seus próprios torcedores. Durante a entrevista os jornalistas daquela emissora de rádio entenderam os argumentos e viram como atitude de bom senso a do Vasco.

A razão está com o Vasco e outros fazem uma ginástica para justificar um final melancólico de Campeonato Estadual que se avizinha, por culpa de todos, menos do próprio Vasco.

Por fim, se o GEPE não pode garantir o espetáculo, conforme usos e costumes dele por muitas décadas, também não pode dizer com segurança e sem nenhum porém, que garante a integridade dos atletas e comissão técnica do Vasco, a partir de manifestações até então inusuais do adversário do Vasco, representado por sua torcida e ações oriundas dela, pelo menos com os princípios de segurança que imaginava suficientes para tal, afinal na confusão última no ginásio do Tijuca atletas e comissão técnica se viram encurralados e não devidamente protegidos.

Sendo o raciocínio o preventivo, a realização de um jogo envolto em tanta rivalidade, com possíveis consequências a atletas e comissão técnica do Vasco, principalmente se conquistando a vitória o próprio Vasco, poderia trazer – e seria elogiado – a mesma manifestação do órgão contra a realização do evento com uma única torcida (exatamente a que não sabe se comportar), tal qual foi feito peremptoriamente, mas sem elementos palpáveis e históricos recentes, em relação à presença das duas torcidas em alguns ginásios neutros, afinal Vasco e Flamengo não se enfrentavam desde 2007 numa competição nos mesmos moldes da atual.

Casaca!

Fonte: Casaca