Diguinho admite futuro em aberto, mas quer continuar no Vasco em 2017

Segunda-feira, 28/11/2016 - 11:07
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A promessa de apoio incondicional da torcida do Vasco terminou antes mesmo de a bola rolar. Quando o telão do Maracanã anunciou Diguinho entre os titulares, uma vaia forte, raivosa, surgiu em uníssono das arquibancadas. Hostilizado, o volante não teve boa atuação e saiu no intervalo. Após o jogo, lidou com naturalidade com as críticas. Ele só não aceitou as ofensas contra o presidente cruz-maltino, Eurico Miranda.

- O presidente não teve culpa alguma. Se tem culpado (pelo sufoco na Série B), são os jogadores e a comissão técnica. Caímos na euforia. No fim teve pressão desleal da torcida e da oposição. O que o presidente faz por esse clube até hoje... Até hoje não tive oportunidade de trabalhar com um presidente tão apaixonado quanto o Eurico. Pelas complicações que ele teve, a pressão, ele soube lidar com isso, independentemente da idade que tem. Ele abdica da vida dele, chega cedo para saber o que funcionário está passando, do que está precisando. Já passei por outros clubes, e em nenhum momento foi assim. Ele nunca deixou de cumprir as obrigações. Torcida e oposição deveriam ver o que ele faz para o Vasco – disse Diguinho.

Exemplo em Neymar

Sobre as vaias que recebeu, o jogador não escondeu o incômodo, mas garantiu estar acostumado com a situação. Ele citou o exemplo de Neymar, criticado pela torcida brasileira na Olimpíada, como exemplo de como é a rotineira a condição dos jogadores.

- É normal. Jogador que não está acostumado com crítica não pode jogar em time grande. A impaciência da torcida também é nossa. A gente entende da melhor maneira possível, sabe que eles querem a vitória, vaiam por você não estar bem. Às vezes, alguém tem que ser o culpado de tudo. Tenho o apoio da comissão e dos meus companheiros. Vaiar não vem ao caso, isso desestabiliza o jogador e acaba fortalecendo a equipe adversária. Vaiaram o Neymar, botaram pressão que não era só dele, para ver como o futebol é tão ingrato. Por você ser jogador, é julgado e condenado ao mesmo tempo.

Futuro em aberto

Apesar de ter contrato até maio de 2017 com o Vasco, Diguinho deixou em aberto seu futuro no clube. Ele ressaltou a vontade de permanecer, mas manteve a cautela. Com a provável saída de Jorginho, ele acredita que todo o elenco será reavaliado.

- Não sei (sobre permanência). A gente não sabe se a comissão vai se manter. Eu quero muito cumprir o meu contrato, estou numa equipe grande, tenho que agradecer a Deus. Nunca deixei de cumprir meus contratos, quero ir até o final. Saio de férias relaxado, tranquilo, com sentimento de dever cumprido.

O elenco do Vasco só sai de férias na próxima quarta-feira. No início desta semana, os jogadores ainda farão exames médicos e finalizarão os trâmites burocráticos para a viagem aos Estados Unidos em janeiro de 2017, quando o clube disputará a Florida Cup na pré-temporada.

Fonte: GloboEsporte.com