O ex-vice presidente de Patrimônio do Vasco e atual membro do grupo Identidade Vasco, FRED LOPES, concedeu entrevista exclusiva ao programa de rádio “Caldeirão Vascaíno” na noite da última segunda (21/11).
Confira trechos da entrevista:
Vasco x Ceará no Maracanã:
“A diretoria teve bom senso ao levar o jogo para o estádio do Maracanã, que certamente deverá ter mais de 55 mil torcedores.”
Momento do Vasco:
“O momento não é de falar de política. O momento é de unir todas as forças, independente dos erros e acertos da diretoria. Precisamos nos unir e abraçar o Vasco nessa semana tão importante, para que de fato, possamos voltar à Série A. Permanecer na Série B, seria uma catástrofe para a imagem e para as finanças do clube, que perderia 50% das receitas da televisão.”
Presidente que assumir em 2017:
“O presidente que assumir em 2017 precisará trabalhar com o cenário de recessão que existe no nosso país. O futebol brasileiro tem que aprender a trabalhar com o seu torcedor, e no Vasco não pode ser diferente. O Vasco tem que saber usar essa massa de torcedores apaixonada, mas que está cansada de tantas desilusões, de tanta “sacanagem” e de tanto absurdo. O Vasco continua grande. Agora, a marca não é inesgotável. O Vasco vem perdendo gerações de Vascaínos. O Vasco não pode ficar vivendo da “Libertadores de 1998”, do “Brasileiro de 2000”. O Vasco precisa retomar o caminho das conquistas, sob pena de virar um time mediano, um Botafogo. A gente fica esperando um mecenas que vai dar a solução, cartas de crédito que vem aí em toda campanha, que vai trazer 50 milhões. Que bom que não apareceu nenhuma carta de crédito de 50 milhões, porque o dólar do ano passado era “dois e pouco”, e agora é quase “três e cinqüenta”. O Vasco teria uma dívida muito maior. A gente precisa de Vascaínos apaixonados, que somem capacidade, honestidade, e que tenham tempo para dedicar-se ao clube.”
Sobre ser candidato à Presidência do Vasco:
“Para ser Presidente do Vasco, você tem que ter três fatores fundamentais. Honestidade, capacidade e tempo. Eu não tenho tempo para ser candidato à presidência do Vasco. Hoje, eu não tenho condição. Eu só seria candidato à Presidência do Vasco, se eu tivesse o tempo que a instituição precisa. Qualquer pessoa séria só pode pensar em ser candidato no Vasco, se ela tiver tempo e se ela não depender do Vasco. Isso é importante também. Eu acho que todo candidato precisaria explicar primeiro, de onde vêm as suas receitas. O cargo da presidência do Vasco não é um cargo remunerado. O Vasco não é para pessoas que dependam do Vasco para sobreviver. Eu, graças à Deus, tenho uma vida muito estável, mas não tenho tempo. Minhas empresas dependem de mim. Eu não posso ser irresponsável e pleitear um cargo tão importante como esse, sem estar preparado. Você tem que preparar a sua empresa, a sua família e os seus amigos. A sua empresa, porque você vive dela e você não pode viver do Vasco. A sua família, porque o clube exige muito. O clube necessita de sábado, de domingo, “de dia”, “de noite”. Aos seus amigos, porque às vezes eles acham que você estará ali para atender às suas benesses, e não é assim.”
Fonte: Supervasco (texto), Reprodução Internet (foto)