Basquete: Jogadores atuais contam o que faziam no último título brasileiro do Vasco, em 2001

Quinta-feira, 10/11/2016 - 15:32
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Quinze anos após seu último título brasileiro no basquete, o Vasco voltou a ser protagonista em nível nacional. Depois de vencer a Liga Ouro de 2016 e chegar à final do Carioca, o cruz-maltino estreia no NBB contra o Minas, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira, às 19h (de Brasília). Com um elenco experiente, a equipe de São Januário entra com pretensões de título, que não vem desde 2001, quando bateu o Ribeirão Preto por 3 a 0 na série decisiva (a equipe adulta ficou inativa de 2008 a 2015).

No retorno ao principal torneio do basquete do país, alguns dos atuais jogadores do Vasco relembraram o que faziam no ano da última conquista do Campeonato Nacional de basquete, em 2001. Uns disputaram aquele campeonato, outros começavam sua carreira naquela temporada, com experiências marcantes ligadas ao clube da Cruz de Malta. E há também quem ainda estava não escola e não fazia a menor ideia do que se passou há 15 anos no Maracanãzinho.



NEZINHO NO RIBEIRÃO PRETO

Nezinho, de branco, foi vice-campeão em 2001 pelo Ribeirão PretoQuem tem lembranças vivas das finais é o armador Nezinho. Na época, aos 20 anos, o atual camisa 23 começava sua carreira no basquete nacional no Ribeirão Preto, justamente o finalista daquela edição do torneio. Ele ressaltou a dificuldade dos três jogos da série decisiva e afirmou ter boas memórias daquele período, mesmo saindo com o vice-campeonato nacional.

- Eu estava em Ribeirão Preto e disputando minha primeira final, com 20 anos. E já estava jogando contra uma potência que era o Vasco. Tinha sido campeão brasileiro e sul-americano e para gente foi uma emoção muito boa por ter o Maracanãzinho lotado. Tínhamos a pretensão de vencer, mas sabíamos da grande equipe que estávamos enfrentando. Mas, por ser uma primeira experiência, primeiro ano de Brasileiro e estar disputando uma final de campeonato, lembro com bastante alegria daqueles momentos.

RICARDINHO NO FLAMENGO

Outro armador que jogou no Campeonato Nacional daquele ano foi capitão Ricardinho. O jogador, que foi formado na base do Gigante da Colina, vestiu a camisa do Flamengo em 2001 e era companheiro do ídolo Oscar no elenco do Rubro-negro. Na época, os dois rivais viviam um clima acalorado, tanto no basquete quanto no futebol:

- Eu estava na minha primeira temporada no Flamengo, com 25 anos, e jogando com grandes craques, como Oscar, Ratto, Pipoca... E na época tinha a rivalidade com o Vasco, que tinha um timaço: Demétrius, Helinho, Byrd... Muito boa aquela época. Mas, rivalidades à parte, o time do Vasco era uma máquina, tanto que é a equipe mais lembrada da história do basquete no clube. Era bastante difícil de ganhar o Vasco, que foi campeão naquele ano. E eu, jovem, aprendi com os dois lados da quadra.

Ricardinho disputou jogos históricos contra o Vasco vestindo a camisa do Flamengo no basquete



FIOROTTO NO PINHEIROS

Fiorotto (no centro) começou no PinheirosA dupla que foi destaque do garrafão vascaíno durante o Carioca também tem boas histórias envolvendo o time campeão de 2001. Os pivôs Murilo e Fiorotto viveram suas primeiras experiências como profissionais assistindo e até mesmo jogando contra um dos principais elencos da história do basquete do Vasco. Começando sua carreira no Pinheiros, Fiorotto lembra de ter ido ver o time de São Januário em São Paulo por causa de um certo pivô brasileiro que atualmente atua em quadras americanas.

- Em 2001 foi o ano que eu lembro de ter começado a jogar basquete mesmo na minha cidade em Americana, já com 17 anos. Eu gostava muito de ver o Vasco por causa do Nenê, ele dava muita enterrada. Os jogos, mesmo do Campeonato Carioca, passavam na televisão, em São Paulo, e dava para assistir. Mais para frente, em 2002, se não me engano, eu jogava no Pinheiros nessa época, e tinha um clube na frente, o Hebraica, que estava no Campeonato Nacional. E um jogo que eu queria assistir era o do Vasco, justamente pelo Nenê. Só que ele não foi. Foi o primeiro jogo depois que ele tinha ido embora para os Estados Unidos tentar a carreira na NBA. Acabou dando certo para ele, mas eu não o vi ao vivo.

MURILO NO BAURU

Na estreia como profissional, Murilo pontuou e ajudou o Bauru a vencer o Vasco em 2001Se Fiorotto não conseguiu ver Nenê, Murilo teve a oportunidade de jogar contra e ainda por cima vencer os campeões daquele ano. Jogando pelo Bauru, o pivô fez sua estreia como profissional justamente contra o Vasco e anotou seus três primeiros pontos na vitória por 89 a 88. Ele lembra do duelo e do encontro com alguns de seus ídolos no basquete.

- Eu estava em Bauru. Lembro que a minha estreia no campeonato, quando eu vim do Rio Grande do Sul, foi contra o Vasco na fase de classificação. Se não me engano, acho que o Bauru ganhou. Me lembro muito bem que no ano seguinte fui campeão brasileiro, e era um baita de um time. O Vasco é marcante também por isso, que por conta da lesão de alguns jogadores, eu pude fazer a minha estreia. Foi bem bacana jogar contra Nenê, Aylton, Sandro Varejão... Os caras que eu admirava muito como jogadores de seleção e tive o prazer de jogar contra eles.

HÉLIO NO UBERLÂNDIA

Quem também dava seus primeiros arremessos nas quadras brasileiras era Hélio. O camisa 5 vascaíno, que conquistou a Liga Ouro com o Vasco nesta temporada, atuava na equipe de Uberlândia em 2001. O ala lembra das partidas decisivas do Cruz-maltino e tem a imagem do Maracanãzinho lotado na final em sua memória.

- Eu estava em Uberlândia, meu primeiro ano de profissional foi em 2000. Eu treinava, pegava banco, mas jogar realmente não jogava, porque estava com 17 para 18 anos. E eu me lembro da final contra o Flamengo, e contra Ribeirão. Era o time a ser batido. Eu lembro do time que era, da final do Maracanãzinho lotado com a festa que foi. Tenho algumas imagens na cabeça e foi uma geração fantástica.

DAVID JACKSON NA... ESCOLA

Mas há também quem não saiba nada sobre o título de 2001. O americano David Jackson, um dos principais destaques do Vasco no começo da atual temporada, não tinha ainda muito conhecimento do que acontecia no basquete brasileiro porque ainda estava na escola em seu país.

- Eu estava terminando o ensino médio. Eu tinha 18 anos e não sabia nada de basquete internacional. Eu estava focado em entrar na faculdade.

Fonte: GloboEsporte.com