Se o plano traçado lá atrás tivesse sido executado com mais capricho, a partida entre Vasco e Luverdense, às 21h30, em São Januário, seria apenas uma mera formalidade no caminho de volta do Vasco à Série A do Campeonato Brasileiro.
Mas, com apenas a 11ª melhor campanha do returno na Segundona, o clube chega à reta final da competição ainda sob a sombra da ameaça de passar mais um ano longe da elite. Ainda que os matemáticos apontem que as chances de retorno estejam na casa dos 87%, o desempenho dos comandados de Jorginho não sugere nenhuma facilidade nesta terça — e a desconfiança já ganha corpo nas arquibancadas.
Na vice-liderança, o Vasco viu a distância para Náutico e Londrina, quinto e sexto colocados, cair para perigosos quatro pontos. O Cruz-maltino não ganha há dois jogos, e um triunfo sobre os matogrossenses é encarado como obrigação em São Januário.
Um dos líderes do grupo, o zagueiro Luan deu a dimensão do tamanho da responsabilidade vascaína em casa:
— Era para eu estar aqui falando como se estivéssemos praticamente classificados, mas o que tem na minha frente é o Luverdense. É uma final de Copa do Mundo e temos de vencer.
A impaciência da torcida é evidente e o Vasco tem apenas a oitava melhor média de público pagante. A tendência é que poucos torcedores se aventurem a apoiar o time diante do Luverdense, e Luan sabe que está difícil exigir o comparecimento em massa.
— As coisas desandaram e os torcedores desanimaram. Eles têm esse direito. A partir do momento em que nós dermos razões, o estádio vai ficar lotado — analisou.
Fonte: Extra Online
