A surpreendente decisão do Vasco de solicitar ao Grupamento Especial de Policiamento dos Estádios (GEPE) que proibisse a entrada de materiais de torcida em São Januário nesta quarta-feira, quando a equipe empatou com o Avaí em 0 a 0, "censurou" quem poderia planejar algum protesto contra a diretoria, mas não evitou que o clima ficasse quente na Colina.
No último sábado, durante o jogo contra o Paraná, uma faixa foi exibida por cruz-maltinos que estavam nas arquibancadas, com os dizeres: "Devolvam meu Vasco - queremos estádio lotado, mas o ingresso tá caro". A manifestação feita pela Guerreiros do Almirante, uma das maiores organizadas do Gigante da Colina.
O protesto no estádio Kleber Andrade, em Cariacica, ganhou força depois de uma discussão entre o presidente vascaíno e torcedores, na chegada ao Espírito Santo. Dias antes, no duelo com o CRB, em São Januário, o dirigente já havia sido hostilizado e até deixou mais cedo sua sala, enquanto o time perdia por 2 a 1.
A proibição de presença de organizadas divulgada nesta quarta-feira, mais do que grupos de torcedores, evitou a presença de faixas que pudessem evidenciar a insatisfação de parte dos cruz-maltinos, especialmente, em partida que foi transmitida ao vivo para o Rio de Janeiro pela TV Globo.
Após o empate com o Avaí, no entanto, manifestações aconteceram em diversas partes de São Januário, inclusive no setor do estádio que é reservado aos sócios. Imagens que circulam nas redes sociais desde ontem mostram o filho do mandatário, Eurico Brandão, que é assessor especial da presidência, sendo contido durante uma discussão. A polícia precisou usar gás de pimenta para conter a confusão.
Atualmente, o Vasco ocupa a segunda colocação na Série B do Campeonato Brasileiro, com 58 pontos. Na sexta-feira, se o Atlético Goianiense derrotar o Náutico, fora de casa, abrirá seis pontos de frente na liderança, faltando cinco rodadas para o encerramento da competição.
Fonte: ESPN.com.br