Uma noite para exorcizar fantasmas e ficar a um passo do retorno à Série A. Com a vida bem mais tranquila depois da vitória sobre o Paraná e dos tropeços de Bahia e Náutico na última rodada, o Vasco entra em campo às 21h45 (de Brasília) desta quarta-feira para encarar o Avaí, pela 33ª rodada, e fazer as pazes com a vitória em São Januário. Justamente contra o Avaí, responsável pelo mais traumático revés do Cruz-Maltino em suas três participações na Série B, há pouco mais de dois anos.
A tarde de 30 de agosto de 2014 ficou marcada pela surpreendente goleada de 5 a 0 imposta pelos catarinenses na Colina. Era a última rodada do primeiro turno, o Vasco ficava fora do G-4 e trocava a partir dali Adilson Baptista por Joel Santana em trajetória sofrida rumo ao acesso. O panorama desta vez é bem mais tranquilo, mas recordar aquela derrota trágica é natural, principalmente para Martín Silva, Luan e Thalles.
O trio é remanescente da goleada e entra em campo para deixar o Vasco em situação confortável faltando seis jogos para o fim da competição. Com 57 pontos, o Cruz-Maltino não depende de si para ser campeão, tem quatro a menos que o Atlético-GO, que tem parada dura pela frente sexta-feira: o Náutico, em Recife. O Avaí, por outro lado, vem em terceiro, com 54, e vencer em casa é fundamental para os cariocas manterem a gordura pelo acesso.
De acordo com os matemáticos, por outro lado, um time estará na Primeira Divisão em 2017 se somar 62 pontos. Caso vença, o Vasco dependerá de somente mais um triunfo para respirar aliviado. De quebra, encerrará um jejum de mais de um mês sem vencer diante do torcedor carioca: desde 24 de setembro, quando fez 2 a 0 sobre o Atlético-GO. Nesse período, jogou em São Januário somente uma vez, mas suficiente para ser bastante criticado no revés por 2 a 1 para o CRB.
Com nove derrotas, o Vasco é o grande que mais perdeu na história da competição e muito dessa marca se deve aos tropeços dentro de casa: foram quatro, para Paysandu, Paraná, Vila Nova e CRB. Contra o Avaí, os comandados de Jorginho têm a oportunidade de resolver três problemas em um só: deixar para trás um rival direto, dar o troco pela derrota de 2014 e acabar com o jejum. Em campo, a tendência é que Thalles seja a única cara nova em relação ao time que iniciou na vitória sobre o Paraná, na vaga de Júnior Dutra.
Fonte: GloboEsporte.com