Basquete: Volta do Vasco à modalidade inspira 'renascimento' de clube homômino em Americana (SP)

Quatro décadas depois de encerrar suas atividades no futebol profissional, o Esporte Clube Vasco da Gama ressurge em Americana. Desta vez, com uma bola diferente, na cor laranja. Ainda que de forma amadora, o tradicional clube americanense teve sua história retomada neste ano, com um projeto social no basquete com crianças e jovens da periferia que treinam em times Sub-17 e adulto.

As atividades ocorrem semanalmente às sextas-feiras na Praça de Esportes Sebastião Barreira, no bairro Nova Americana. O idealizador do projeto é Anderson Cantarelli, que preside o Vasquinho atualmente. Ele já tinha uma escolinha de basquete chamada “And 12” desde 2000, mas em julho decidiu prestar uma homenagem ao clube que tanto ouviu falar na infância, que inclusive conquistou um título equivalente à Série A3 do Campeonato Paulista de futebol no fim dos anos 60.

No basquete, o Dragão da Conserva ainda corre atrás de sua primeira taça. Recentemente, no começo de outubro, o time adulto foi terceiro colocado no Torneio Início, em Campinas. O próximo desafio será o Torneio Regional de Vinhedo, de 13 de novembro a 11 de dezembro. “Lembro que no colegial, em 1987, meu professor de educação física no João XVIII foi jogador do Vasco e sempre falava muito da história do clube. Ano passado, quando o Vasco do Rio voltou ao NBB (Novo Basquete Brasil), pensamos em mudar nosso projeto para homenagear o Vasquinho de Americana”, destaca Cantarelli.

Mais que dar o nome do antigo time de futebol americanense, o Vasquinho do basquete também almeja resgatar o CNPJ original do clube, afim de resgatar todas as raízes possíveis da agremiação. Além disso, Cantarelli e o vice-presidente Lúcio Flávio de Oliveira fizeram um amplo trabalho de pesquisa com o historiador Gabriel Pitor para mergulhar a fundo na história do Vasco e inclusive recriar o uniforme do time se inspirando nas camisas utilizadas no passado.

Por enquanto, o Dragão da Conserva ainda não reúne condições financeiras de se aventurar no profissionalismo. A ideia dos dirigentes é dar um passo de cada vez, começando pela captação de recursos através da Lei de Incentivo ao Esporte, para, a partir do ano que vem, estruturar a base e só mais para frente pensar em moldar o time para torneios regionais e estaduais.

A trajetória do VASCO DE AMERICANA

Precursor do Rio Branco no futebol, time ganha espaço em nova modalidade na sua volta

SURGIMENTO

O Esporte Clube Vasco da Gama nasceu em meados de 1950 como um time de futebol do bairro da Conserva. A fundação, porém, só ocorreu em 1958, com registro oficializado na FPF.

PROFISSIONALISMO

Em 1966, o Vasco resolveu se aventurar no profissionalismo. Foi assim que a equipe entrou de vez nos campeonatos da Federação Paulista de Futebol, inicialmente na 4ª divisão estadual.

TÍTULO

O ponto alto da história vascaína aconteceu em 20 de abril de 1969, quando se sagrou campeão da Segunda Divisão (atual Série A3) em final contra Paraguaçu Paulista.

O FIM

Em 1976, foi aprovada a troca de nome para AEC (Americana Esporte Clube). Depois, em 1979, o AEC se fundiu com o Rio Branco, que retomou suas atividades no futebol profissional.

RECOMEÇO

Após 40 anos de seu fim, o Vasco de Americana ressurge, ainda que de forma amadora, e em nova modalidade: o basquete. Projeto do clube tem equipes nas categorias Sub-17 e adulta.

Atividades lembram o peso que a camisa já teve para a cidade; vice-presidente Lúcio Flávio posa com jovens atletas

Fonte: O Liberal