A série decisiva do Estadual do Rio de Basquete pode não começar na segunda-feira, dia 24, data prevista para o primeiro jogo entre Vasco e Flamengo. Após ter sido punido pela Comissão Disciplinar, na noite desta quinta-feira, com dois jogos com portões fechados e multa de R$ 10 mil, o Rubro-Negro vai entrar ainda nesta sexta-feira com um pedido de efeito suspensivo da punição junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Basquete. Assim, o caso seria julgado pelo Pleno (conjunto de todos os membros) do TJD. Diante do prazo curto, parece pouco provável que haja tempo hábil para a realização da partida, que teria mando de quadra e apenas torcedores do Flamengo.
O clube foi punido por causa da briga entre duas de suas facções, a Raça Rubro-Negra e a Torcida Jovem, no jogo de 2 de outubro, realizado no Tijuca, na derrota de 82 a 77 para o Vasco. O Flamengo já antecipou que considera a punição injusta. Sua diretoria acredita que, pelo ato de a decisão pela punição ter sido apertada, conseguirá mudá-la. Os dirigentes consideram que se for derrotado no Pleno, o clube sofrerá prejuízos irreparáveis.
Por ter ficado em primeiro lugar na fase de classificação, caberia ao Flamengo indicar o local do primeiro jogo contra o Vasco. Mas ainda não havia feito qualquer comunicação de sua escolha até a tarde desta sexta-feira, embora houvesse o comentário de que poderia indicar a Gávea. A segunda, com mando de campo dos vascaínos, está marcada para o dia 26, e a terceira, se necessária, terá mando de quadra rubro-negro, no dia 28.
O Estadual não pode entrar no mês de novembro por causa da data de abertura do NBB, no dia 5, quando o Fla vai visitar o Bauru. Já a equipe de São Januário vai estrear, também como visitante, contra o Minas, no dia 10.
Durante a semana, o vice-presidente de Esportes Olímpicos rubro-negro, Alexandre Póvoa, havia declarado que se o clube fosse punido pela Comissão Disciplinar, não enfrentaria o Vasco, porque não estava disposto a tomar parte em um "circo".
A adoção de torcida única nos clássicos do Estadual havia sido um pedido do Grupamento Especial de Policiamento de Estádios (Gepe), justamente para evitar conflitos entre torcidas de times rivais. Entretanto, o próprio comandante do grupamento, o major Silvio Luiz, admitiu que uma briga entre facções do mesmo time foi algo fora do esperado.
Além disso, a final do Estadual segue sem ginásio definido. Os adeptos do basquete preferem o Maracanãzinho, mas até o dia 30 este segue sob a administração do Comitê Organizador da Olimpíada Rio-2016. Durante os Jogos, o local havia sido a sede do vôlei.
Fonte: Sportv.com