Eurico Miranda não faz o perfil de presidente descentralizador. Quando o futebol do Vasco está em apuros, não é Eurico Brandão, seu filho, nem Isaías Tinoco, gerente do departamento, que representa a diretoria junto ao elenco. Foi assim na semana passada, quando o dirigente tirou - ou pelo menos tentou tirar - a pressão sobre Jorginho. E foi assim em 2015, quando passou a acompanhar o time na luta para fugir do rebaixamento.
Na segunda-feira, Eurico deu mais um sinal de que assumiu o controle do futebol, em meio à queda de rendimento do clube na Série B. Saiu da sala da presidência rumo ao vestiário e se reuniu com os atletas antes do treino da tarde. O tom foi de cobrança e incentivo.
Com salários em dia e infraestrutura reforçada depois do funcionamento do campo anexo e do prédio do Caprres, a diretoria se sente no direito de cobrar, mas garantiu ao elenco que não há crise. Nenê resumiu como foi o bate-papo com o Eurico.
- Ele sabe a hora que tem de intervir, foi totalmente normal - explicou o camisa 10: - Ele é o presidente do clube e, quando as coisas vão mal, temos de acatar e enfrentar o problema. Tudo é questão de diálogo.
Pode até ser, mas nas conversas com Eurico, só o dirigente fala. A aposta dele nesses casos é na força da própria imagem para blindar e motivar o elenco. Aos atletas, cabe só ouvir e tentar reverter a má fase, começando na contra o Paraná, no sábado.
- Cada jogo para nós será uma decisão. Agora que veremos realmente a força desse grupo - afirmou Nenê.
Fonte: Extra Online