O técnico Jorginho adotou discurso sereno ao mais uma vez comentar um tropeço do Vasco na Série B. Garantido pelo presidente Eurico Miranda até o fim do ano, o treinador reconheceu que o seu trabalho teve uma queda, mas lembrou que quando tudo corria bem chegou a conversar com a CBF para assumir a seleção brasileira caso Tite declinasse do convite.
— Não se pode desistir de um trabalho como esse. Meu nome foi veiculado para ser treinador da seleção brasileira há dois meses atrás. Isso era uma realidade. E de repente o trabalho desse treinador não serve mais? Aceito a vaia do torcedor, mas saio de cabeça erguida. Saio triste, por minha equipe, meu presidente e eu sermos vaiados, mas tenho caráter, postura e vergonha. Só acredito no trabalho. É hora de nos unirmos — destacou o treinador, que enumerou as razões para a má fase.
Entre as principais, a falta de um elenco de qualidade numeroso, a perda de jogadores por lesão e convocação e a queda técnica após a pausa para a Olimpíada.
— Fizemos um planejamento para a parada. No retorno não conseguimos manter o nível de atuações, alguns jogadores machucaram. Não é uma desculpa. Sempre falei isso. Temos um plantel enxuto. Usamos muitos juniores. Douglas encaixou e foi convocado, perdemos ele por quatro jogos aproximadamente. Tivemos contusões como a do Nenê, que teve uma queda depois da volta. Agora fisicamente está bem, mas a equipe teve uma queda técnica, essa é a minha responsabilidade. A gente procurou organizar a equipe e não está acontecendo. Essa equipe já foi aplaudida de pé, contra o Santos, Atlético-GO — destacou Jorginho, chamado de burro após a derrota para o CRB por 2 a 1.
Fonte: Extra Online