Torcedores do Vasco gritaram 'time sem vergonha' após a derrota para o CRB

Sábado, 15/10/2016 - 19:01
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O Vasco voltou a São Januário da pior maneira possível. Num jogo que era para ser o retorno à casa, onde tem bom retrospecto, e continuar na cola do Atlético-GO, o time foi surpreendido pelo CRB por 2 a 1, neste sábado. Com a nona derrota na Série B — clube grande que mais perdeu na segundona —, a distância para o líder aumentou para quatro pontos.

— Quando sai na frente, é difícil perder, mas quando o Vasco sai atrás fica difícil. O clima ruim acontece quando não vencemos — disse Rodrigo.

A preguiça foi o resumo de boa parte do jogo. O CRB dava todos os espaços do mundo ao Vasco, que passou boa parte dos primeiros 45 minutos no campo de ataque. Porém, as finalizações do time de Jorginho foram facilmente defendidas pelo goleiro Juliano.

Teve uma boa jogada de Ederson, que rolou para Nenê. O camisa 10 chutou colocado e o goleiro pegou. Pouco depois, Rodrigo apareceu como homem surpresa, mas escorregou no momento do chute.

A pressão do Vasco, porém, não surtiu efeito. E, com o passar do tempo, a lentidão do time foi aumentando. Até aquele momento, o CRB fazia menos ainda, e a principal finalização quase acertou o placar de São Januário.

Porém, quem precisava provar que tinha recuperado o bom futebol era o Vasco. O CRB era o francoatirador, que esperava um contra-ataque. Pois, teve dois com a preciosa ajuda da zaga vascaína.

Aos 37, Marcos Martins lançou Zé Carlos, mal marcado por Luan. O atacante teve tempo de matar na coxa, ajeitar e finalizar no canto — a bola ainda tocou na trave esquerda antes de entrar. Foi o primeiro castigo pela preguiça.

O segundo veio nos acréscimos. Sem fazer muita força, o CRB pegou um contra-ataque, Gerson Magrão disparou pela esquerda, ganhou com facilidade de Luan e cruzou. Zé Carlos, à frente de Rodrigo, cabeceou sem chances para Martín Silva, que ainda tentou abafar a bola, sem sucesso.

Sob vaias, os jogadores e comissão técnica foram para o vestiário sem saber muito bem como explicar o resultado. A resposta de Jorginho veio com duas mudanças. Yago Pikachu no lugar de Thalles, e Júnior Dutra na vaga de Fellype Gabriel. Porém, apesar de se manter no ataque, o time não melhorou. As finalizações continuaram ruim ou sequer saíra, como na furada de Pikachu.

A última cartada de Jorginho foi a entrada de Allan para a saída de Júlio César, muito vaiado pelos torcedores. Não melhorou muito. O CRB, inclusive, aproveitou certo descontrole e chegou algumas vezes com chance de fazer o terceiro.

Nos minutos finais, o jogo foi conduzido por vaias, gritos de “Time sem vergonha” e até o presidente Eurico Miranda - xingado pelos torcedores - desistiu de ver o jogo. E não viu o tardio gol de Ederson aos 48, ao escorar cruzamento.

Fonte: O Globo Online