As apenas seis partidas disputadas na temporada passada já não são mais lembradas por Fiorotto. Aos 32 anos, o pivô do Vasco é um dos destaques do Cruz-Maltino no início de temporada. Não só por conseguir atuar em alto nível após a terceira lesão em ligamentos cruzados dos joelhos, mas por ser um peça importante para o bom início do basquete do clube após um longo período fora da elite. Contra o Botafogo, ele fez 14 pontos e pegou oito rebotes, sendo o líder no quesito empatado com Russel e Abner, do Alvinegro.
Considerado um dos principais nomes de sua geração, as constantes lesões complicaram a sequência do camisa 13 do Gigante da Colina no basquete. Ele relembra que a última delas o tirou de toda a temporada regular do principal torneio no Brasil.
- Ao longo da minha carreira, eu tenho 12 anos de profissional, eu tive três lesões no joelho. A mesma lesão de ligamento cruzado. Quem já teve, sabe a dificuldade de se recuperar de uma, e de três muito mais. Nunca tive nenhum tipo de lesão muscular, mas essa, infelizmente, me segue ao longo da minha carreira. E no ano passado, eu estava vivendo um dos melhores momentos da minha carreira, e tive essa lesão. Fiquei parado por seis meses, e a NBB estava na reta final. Não pude dar sequência, mas agora estou no Vasco. Eu brinco que uma temporada boa é uma sem lesão. O resto é trabalhar e correr atrás que o resto vem - relatou Fiorotto.
Com o título do Super Four, torneio amistoso de pré-temporada realizado no Ceará, com direito a triunfo sobre o Flamengo, e 100% de aproveitamento no estadual, o começo do Vasco vem animando os torcedores. O presidente do clube, Eurico Miranda, chegou a falar que o bom início de campanha não era surpresa e que as vitórias sobre o maior rival faziam parte do planejado. Questionado se as palavras do mandatário se repetem dentro do vestiário, o camisa 13 da Colina não titubeou.
- Não tem como ir contra as palavras do presidente, né? (risos) Se ele acha isso, a gente assina embaixo. Mas a gente sabe que em um começo de trabalho, nem sempre o time encaixa rápido. Nem sempre o entrosamento vem tão cedo, mas está acontecendo e com as vitórias. A gente tem muito a melhorar, e é mais fácil melhorar com as vitórias. É menos cobrança, menos pressão. Isso é bom e esperamos manter isso.
Fiorotto não é o único pivô que vem se destacando em São Januário. Contra o Botafogo, Murilo marcou 17 pontos, deu cinco assistências e ainda pegou cinco rebotes. Ele só fez menos pontos que David Jackson, cestinha do Vasco no confronto com 20, e Phillip Flowers, do Botafogo, maior pontuador do jogo, com 21.
Na temporada passada, ele sofreu com uma lesão que o afastou por cerca de três meses. O pivô precisou passar por uma operação cirúrgica no olho esquerdo por causa de um descolamento de retina. Passado o momento longe das quadras, ele enaltece o projeto do Vasco e reafirma o empenho de todos no grupo.
- É consequência do trabalho. A gente tá treinando praticamente todos os dias, conversa muito fora da quadra e são grandes jogadores. Não tem egoísmo, não tem vaidade nenhuma. O time jogando coletivamente, e é por isso que tá conseguindo as vitórias. Eu vejo que durante as dificuldades de todas partidas, a gente conversa, se reúne e joga tranquilo confiando um no outro. E por isso esses sucesso. Espero que a gente mantenha essa vontade e as vitórias.
Líder, invicto e 100%, o Vasco vai até Macaé enfrentar o time da casa no ginásio Juquinha, na próxima terça-feira. A partida é válida pela segunda rodada do returno do Campeonato Carioca e começa às 19h (de Brasília).
O Vasco conta com a presença imponente de Fiorotto para brilhar na temporada |
Murilo é outra arma do time cruz-maltino |
Fonte: GloboEsporte.com