Uma vitória da raça, da superação, mais do que da qualidade técnica. Assim Jorginho comemorou o triunfo do Vasco por 3 a 2 sobre o Oeste, neste sábado, em São Januário. O treinador elogiou o espírito de luta da equipe e minimizou a atuação abaixo da expectativa: para ele, o momento era de vencer, após cinco tropeços na Série B (veja os melhores momentos do jogo no vídeo acima).
- O mais importante é a vitória. Isso (atuação) está em segundo plano. A equipe estava muito bem organizada, mas é normal que quando haja pressão muito grande o jogador se abata. Tenho certeza que todo o crédito é para os atletas. Eles realmente entenderam o momento. Fizemos uma semana de trabalho espetacular. O resultado do jogo premia a semana de trabalho deles, o compromisso deles – disse o treinador.
A vitória devolveu o Vasco à primeira colocação da Série B, com 44 pontos, contra 42 do Atlético-GO. E também fez Jorginho dar vazão a seu otimismo. O treinador contou que, na preleção, mostrou aos jogadores imagens da conquista invicta do Carioca e mostrou confiança em adicionar à coleção outros dois títulos: da segunda divisão e da Copa do Brasil.
- Mostrei para eles um minuto da nossa conquista invicta e falei: “É isso que teremos no fim do ano. E, quem sabe, surpreenderemos muita gente comemorando um título no dia 30 de novembro (data da final da Copa do Brasil).
Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Jorginho:
Discussão no fim entre Luan e Julio Cesar
- Fiquei sabendo da discussão. É uma equipe não está satisfeita nunca. Brigam porque querem melhorar. Estão se cobrando o tempo todo nos treinos.
Oeste
- Joga, mas deixa jogar. Dá oportunidades de penetração e se expõe muito pela forma de jogar. Contra essa equipe, tem que matar logo o jogo. Continuaram com o mesmo padrão, infelizmente tomamos o gol de empate. Mas o Vasco luto até o final, está de parabéns. Essa é a equipe do Vasco quando as coisas não acontecem na organização tática, na parte técnica.
Estratégia
- O que a gente pretendia era ter velocidade. Eles estavam jogando com três zagueiros, e queríamos colocar três homens e aproximar o Nenê para ter a oportunidade de pressionar o goleiro. As coisas aconteceram bem no primeiro tempo. Dutra e Ederson cansaram. Fomos muito feliz, porque ganhamos velocidade pela direita quando entrou o Madson (no lugar de Dutra).
Percalços no jogo
- O grande problema é que tomamos o primeiro gol muito rápido (logo após fazer 2 a 0). Isso atrapalhou nossas pretensões. A gente não sairia para pegar lá em cima, pegaria na intermediária, esperando o momento certo, porque só damos pressão quando tem momento de domínio ruim ou lateralizam a bola. Aí conseguimos colocar o jogador em cima do goleiro. Se você faz o terceiro, quarto gol, aí, jogando com o placar a seu favor, as coisas acontecem muito mais.
Problemas físicos
- Era natural que o Dutra cansasse, foi a primeira partida em que jogou o tempo todo. Ederson vinha sentindo dores, deixamos ele de fora dos treinos por dois dias. Jorge Henrique, infelizmente, foi surpresa (sentiu dor no músculo posterior da coxa).
Fonte: GloboEsporte.com