A cinco meses de seus inícios, os Estaduais do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul não têm contratos de televisão finalizado com todos os clubes grandes. A situação é inédita visto que esses compromissos costuma ser renovados com antecedência. Os motivos são a Copa Sul-Minas e a briga política envolvendo o Flamengo e a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro).
Seis dos grandes desses Estados (Atlético-MG, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio e Internacional) estão confirmados na Primeira Liga. Esse é um dos motivos da dificuldade de renovação já que a Globo não sabia exatamente como a competição afetaria os Estaduais.
“A Globo deixou tudo para depois porque não sabia como seria a Sul-Minas e como se encaixaria no calendário da CBF. Já tivemos conversas, um namoro, mas só agora vai andar”, contou o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto. Segundo ele, a emissora chegou a fazer uma proposta no início do ano, mas não fechou.
Em Minas Gerais, a federação e os clubes ainda não assinaram contrato para o Estadual 2016. O blog não conseguiu apurar o empecilho, mas é fato que o Atlético-MG pode estar na Libertadores e na Primeira Liga ao mesmo tempo.
A questão mais complicada é no Rio de Janeiro. Pressionada por uma proposta do Esporte Interativo, a Globo subiu sua oferta para mais de R$ 100 milhões. Fluminense, Botafogo e Vasco aceitaram e já assinaram um contrato juntamente com a Ferj.
A questão é que o Flamengo não aceitou várias das condições do acordo. Primeiro, não quer que o dinheiro passe pela federação que já ameaçou reter repasses. Depois, exigiu um corte na cota da Ferj sobre o contrato. Há ainda uma exigência de mais dinheiro para o clube do que para os outros grandes.
Segundo apuração do blog, a Ferj estuda atender algumas das demandas rubro-negras. Já indicou que aceita que sua cota caia de 10% para 5%. Mas ainda não há um acordo. Oficialmente, a federação informou que não se pronunciaria sobre o assunto.
Entre os Estaduais mais representativos, o Paulista é o único que já teve renovação de contrato assinada ainda em 2015. Isso porque os grandes clubes nunca quiseram se associar às ligas e tiveram um aumento significativo de suas cotas, com a competição atingindo um total de R$ 150 milhões por ano.
Fonte: Blog do Rodrigo Mattos - UOL