Riascos ainda não desembolsou a multa de R$ 3,2 milhões imposta pela Justiça do Trabalho para rescindir o contrato com o Cruzeiro. O atacante tem até segunda-feira (4) para pagar, conforme decisão imposta pelo juiz da 27ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. O fato não deve impedi-lo de se transferir para a Europa, mesmo que a janela de transferências do continente tenha se encerrado nessa quarta-feira (31).
O UOL Esporte consultou o advogado Louis Dolabela, perito em justiça desportiva, para elucidar o caso envolvendo o centroavante que está em litígio com os mineiros. O especialista entende que o atleta terá a permissão da Fifa para atuar em países que já encerraram o período de transações:
"A Fifa permite que atletas sem clubes possam se transferir fora dos períodos fixados. Como a Justiça (do Trabalho) determinou que o Cruzeiro forneça o atestado liberatório, entendo que Riascos se enquadra nessa permissão da Fifa", afirmou.
A entidade que rege o futebol no mundo poderia aceitar uma transferência do centroavante pelo fato de ele estar em litígio com o clube desde meados de agosto – período que antecede o último dia da janela internacional europeia. O caso, contudo, deve ser estudado pelo órgão.
O Adanaspor, da Turquia, está interessado na contratação do atacante que defendeu as cores do Cruzeiro pela última vez em 17 de julho passado, na derrota por 2 a 0 para o Fluminense, no estádio Giulite Coutinho, em Mesquita. Na ocasião, o atleta estrangeiro queixou-se da situação na Toca da Raposa II e deu a seguinte declaração:
"Não está normal, não estou feliz por tudo isso que está acontecendo. Temos que procurar uma solução, não podem tirar minha felicidade para vir jogar nesta merda aqui", disse em entrevista à Rádio Itatiaia.
Desde então, Riascos foi afastado pelo departamento de futebol do Cruzeiro e sequer retornou a Belo Horizonte, alegando ameaças por parte da torcida. O colombiano seguiu no Rio de Janeiro após o episódio e tentou transferência para o Vasco. Mas acabou retornando à terra natal sob orientação de seu estafe.
Fonte: UOL