Quatro sorrisos e um rosto mais abatido. Foi assim que o quinteto da seleção brasileira de ginástica artística masculina deixou o tabalho da Arena Olímpica nesta segunda-feira, depois de conquistar o sexto lugar inédito e histórico na competição por equipe dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Quem não sorriu foi Sérgio Sasaki, que cometeu a única grande falha do país no dia, com uma queda no solo.
"Não consegui dar meu 100% hoje. Isso é muito ruim, me deixa triste e deixaria mesmo que terminássemos em primeiro ou oitavo. Esporte é assim. Pode ser que seja totalmente diferente na final. Acho que mesmo sem minha queda não teríamos conseguido pódio. Mas estamos começando a incomodar", desabafou o ginasta, classificado para a final do individual geral.
De fato, o Brasil começou a incomodar. Foi a primeira vez que o país conseguir classificar uma equipe completa para os Jogos Olímpicos na ginástica artística masculina e, logo de cara, chegou à final. Mais do que isso, os brasileiros mostraram uma evolução enorme e competiram de igual para igual com as potências Japão (campeão), Rússia (prata) e China (bronze).
Sasaki já pode se sentir vitorioso pela superação. Ginasta mais completo do Brasil - 10º colocado no individual geral em Londres-2012, melhor resultado do país na prova, até hoje -, sofreu muito com lesões no ano passado, que ele mesmo define como o pior de sua carreira.
O ginasta de São Bernardo do Campo (SP) voltou a competir em março deste ano, depois de 16 meses parado e uma rotina que se resumia a fisioterapias: rompeu o ligamento cruzado do joelho direito em 2014, durante uma etapa da Copa do Mundo, e sofreu uma lesão no bíceps braquial do ombro direito, no ano seguinte.
Sasaki pode ter falhado, mas vem sendo um dos destaques do Brasila nos Jogos Olímpicos, até aqui. Passada a final por equipes, com o sexto lugar inédito e histórico, ele se prepara, agora, para disputar a final do individual geral, na quarta-feira, dia 10, a partir das 16h, também na Arena Olímpica.
Fonte: ESPN.com.br