A espera dos ginastas brasileiros foi daquelas sem angústia. Era preciso esperar os adversários se apresentarem na Arena Olímpica, mas o excelente desempenho em uma manhã mágica deu tranquilidade. As vagas nas finais eram questão de tempo. A primeira confirmada foi a por equipes, para coroar o bom desempenho de todos. E os cinco ginastas também se classificaram para decisões individuais. O Brasil vai estar representado em cinco finais - e com dois representantes em duas delas. Um recorde - a antiga marca era de Londres 2012, com duas decisões. Destaque para o bicampeão mundial Diego Hypolito (quarto no solo) e o campeão olímpico Arthur Zanetti (quinto nas argolas). No fim, foi a melhor colocação para Zanetti, que assim como em Londres, usou da estratégia para ser o último a se apresentar na final - a ordem foi definida por sorteio antes da classificatória.
Desde o início do ciclo olímpico, a seleção brasileira estabeleceu como estratégia para os Jogos do Rio chegar a um maior número de finais para assim ter mais chances de medalhas. A primeira meta foi cumprida com louvor. Todos os brasileiros avançaram para disputas individuais, e o time também avançou em sua estreia em Olimpíadas, com a sexta colocação e 268,078 pontos, atrás das potências China, Estados Unidos, Rússia, Japão e Grã-Bretanha.
Campeão olímpico, Arthur Zanetti repetiu a estratégia de Londres de diminuir a dificuldade da série para não fechar a classificatória em primeiro lugar. Ainda assim, o ginasta não demorou para ficar tranquilo. Ao contrário do Mundial de 2015, os principais adversários foram aos poucos ficando para trás até ele fechar na quinta posição, com 15,533 pontos. À sua frente apenas o grego Eleftherios Petrounias (15,833), os chineses You Hao (15,800) e Liu Yang (15,900) e o russo Denis Abliazin (15,633). Exatamente como em Londres, a quinta posição de Zanetti foi estratégica. Assim ele será o último a se apresentar na final do dia 15.
Bicampeão mundial, Diego Hypolito já chorava de felicidade antes mesmo de receber a nota 15,500. Sabia que a série cravada o colocaria em uma boa posição. Alguns rivais, como os russos Nikita Nagornyy e Denis Abliazin, ficaram pelo caminho e nem vão à decisão. O brasileiro fechou na quarta posição, atrás dos americanos Sam Mikulak (15,800), Jake Dalton (15,600) e Kohei Uchimura (15,533). Ele terá a companhia de Arthur Nory na final. Com 15,200, o estreante em Olimpíadas levou a última vaga. Ainda se classificou para a decisão do individual geral, com 88,465 pontos e a 11ª colocação.
Finalista olímpico do individual geral, Sérgio Sasaki vai mais uma vez disputar a decisão dos ginastas mais completos. Com 88,989 pontos, ele ficou na oitava posição. Por muito pouco também não avançou no salto. Foi o nono colocado e se colocou como primeiro reserva, entrando para a disputa em caso de lesão ou desistência de algum finalista.
Francisco Barretto completou as finais brasileiras se garantindo na barra fixa, aparelho em que Nory foi o quarto colocado no Mundial de 2015. Desta vez vai ser de Chico a chance de conseguir um pódio. Ele foi o quinto melhor deste sábado, com 15,266 pontos.
Fonte: GloboEsporte.com