Técnico da Seleção Olímpica da África do Sul é parente do navegador Vasco da Gama e diz que torce para o clube

Quinta-feira, 28/07/2016 - 20:34
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O nome completo do técnico da seleção olímpica masculina da África do Sul já demonstra que ele tem alguma ligação com a língua portuguesa: Owen Joao Cornelius da Gama. Mas o que poucos sabem é que o último sobrenome não é uma simples coincidência. O comandante dos Amaglug-glugs é, de fato, um parente distante do navegador Vasco da Gama. Por conta da relação com o familiar famoso, o técnico nutre um certo carinho com o time brasileiro homônimo e até afirmou ter ficado triste com o momento atual do time, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.

A relação com Vasco da Gama, o navegador, começou há vários anos, quando o português descobriu uma rota marítima direta da Europa para a Índia, passando pelo sul da África. Desde então, 14 gerações se passaram até que o atual técnico da seleção sub-23 da África do Sul pudesse contar a história.

- Quando o Vasco da Gama descobriu a rota marítima para a Índia, passando pela África do Sul, um de seus filhos, ficou em Moçambique. Estou 14 gerações depois disso. Nossa família tem um diário assinado pelo próprio Vasco da Gama e onde todos os parentes também assinaram, então toda nossa árvore genealógica está lá. São 14 gerações depois do Vasco da Gama - detalhou.

Por conta do nome, e da paixão pelo futebol, o treinador adotou o time homônimo do parente famoso para torcer no país. O Vasco, aliás, divide a preferência no coração de Owen com outro time alvinegro, que revelou um dos jogadores favoritos do treinador. Ele, entretanto, afirmou não saber muitos detalhes da história do Gigante da Colina, apenas que conhece a riqueza na história do clube, e lembrou que a Cidade do Cabo também conta com um time que homenageia o navegador português. O clube sul-africano, aliás, utiliza um uniforme semelhante ao usado pela agremiação de São Januário.

- Também temos um time que disputa a divisão de acesso na África do Sul chamado Vasco da Gama. Apesar de gostar do Santos, por ter revelado Pelé, Neymar e Robinho, eu sempre tive muita afinidade com o Vasco da Gama, aqui no Brasil, por causa da história e da cultura. Meu time número um no Brasil é o Vasco da Gama. Para ser honesto, não sei muito. Mas o que sei é que é um time muito rico em termos de cultura e na história do Brasil. E é um dos maiores times - frisou.

O fato do Vasco ter sido rebaixado no ano passado, o terceiro descenso do clube em oito anos, não alegrou o técnico. A situação, segundo ele, é semelhante ao Moroka Swallows, equipe da África do Sul que conta com grande torcida e um vasto currículo de títulos, mas que, sofrendo com problemas de gestão, amargou seguidos rebaixamentos e, atualmente, disputa a segunda divisão do futebol do país.

- Quando descobri que ele tinha sido rebaixado, não fiquei muito feliz. Mas na África do Sul também temos um time com a cultura muito rica chamado Moroka Swallows, que foi rebaixado para a divisão de acesso (espécie de segunda divisão) e depois para a Liga Menor (correspondente à terceira divisão sul-africana). Algumas vezes essas coisas acontecem no futebol. Na maioria dos casos, tem a ver com a administração, não com a história do time, ou com seus torcedores, mas com a administração. Algumas vezes há má administração, outras há boa administração. Tem a ver também com finanças - finalizou o ex-jogador, que defendeu as cores do Moroka Swallows entre os anos de 1988 e 1990.



Fonte: GloboEsporte.com