Dedé e Pedro Ken relembram convivência com Luan no Vasco e elogiam zagueiro

Sexta-feira, 29/07/2016 - 09:33
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Entre os mandamentos que o técnico Rogério Micale carrega para a sua defesa, estão a linha alta na marcação para diminuir o espaço dos atacantes, a compactação para neutralizar o risco de contragolpes e ainda a orientação para que se recorra a 'chutões' somente em último caso.

É um modelo desafiador.

E que naturalmente funcionará apenas em caso de treino e, claro, da escolha das peças corretas.

Em uma lista de 18 nomes, não existe margem para falha. Não dá para dizer que Micale não tenha se resguardado nesse sentido. Em seu time titular, conforme indicado na última semana na Granja Comary, em Teresópolis-RJ, ele tem Rodrigo Caio, do São Paulo, e Marquinhos, do Paris Saint-Germain. A alternativa a eles é Luan, do Vasco.

Foi o seu capitão nos Jogos Pan-Americanos de 2015 e é homem de sua confiança.

O cruzeirense Dedé foi um dos primeiros a enxergar o seu potencial e pode ser apontado indiretamente como um dos responsáveis pelo ex-companheiro cruzmaltino estar hoje na seleção olímpica.

Ele teve de brigar em São Januário para que dessem uma chance ao camisa 14.

"O Luan foi um dos moleques com quem mais tive afinidade no Vasco, apesar de quando eu ter chegado, ele estar na base. Mas a primeira vez que treinei com ele vi que era um moleque acima da média, briguei muito, muito para que ele subisse para treinar com a gente, despontar e foi o que aconteceu", conta Dedé ao ESPN.com.br.

Nesse período, o jovem jogador de 23 anos costumava treinar no time principal entre segunda e sexta-feira e ser rebaixado para jogar com a base no fim de semana.

A situação incomodava.

"Não estou falando que fui que botei ele no profissional, mas ele sabe que eu fui um dos caras que mais brigou pela subida dele ao profissional e que mantivessem ali", prossegue o atleta celeste.

"Aprendi demais com ele no clube. É um grande amigo. Vai ser muito difícil falar que vou seguir o caminho dele no Vasco porque o que ele fez dificilmente outro jogador fará. Quero seguir meu caminho e escrever minha história", reconheceu Luan.

O defensor é hoje um dos principais nomes do time carioca e alvo de assédio de diversos clubes - dentre outros, Corinthians e Grêmio fizeram consultas recentes por seu futebol. Não restá dúvida de que rendeu frutos a luta de Dedé.

O meia Pedro Ken endossa.

"O Luan era meu parceiro de quarto. Fiquei dois anos e, naquela época, ele estava subindo. Ainda bem novo, às vezes jogava, outras ficava no banco e também não ia para jogos. Em 2014, ele se firmou com o Adilson Batista de titular e depois deslanchou. Até então, ele não era tão utilizado", recorda.

"Ele morava em São Januário e tem um identificação enorme com o clube. Esta há muito tempo por lá. Além da qualidade, ele tem personalidade muito madura para a idade. A esposa é mais velha e ele tem uma cabeça melhor", finaliza.

Com a delegação, enfim, completa, a seleção olímpica deixou Teresópolis-RJ e desembarcou em Goiânia na noite da última quarta-feira para amistoso contra o Japão no próximo sábado, 30, no Serra Dourada.



Fonte: ESPN.com.br