A preocupação com a segurança durante a Olimpíada chama a atenção de um dos maiores ídolos do futebol brasileiro, Roberto Dinamite. O ex-jogador do Vasco integrava a seleção brasileira nos Jogos de Munique, em 72, quando oito palestinos do grupo terrorista Setembro Negro invadiram a vila olímpica, causando mortes e pânico. Roberto estava na Vila.
- Eu estava ali dentro. E tinha que passar ali perto (da área ocupada pelos invasores) porque era o caminho para o refeitório. A invasão foi durante a madrugada. Quando saímos de manhã cedo para o refeitório, tava aquela situação ali... Cada um dizia uma coisa. Num primeiro momento, pensamos: "Que isso? Se os caras fazem isso aqui, amanhã podem fazer de novo..." - narrou Roberto Dinamite, em entrevista ao vivo transmitida no Facebook do Jornal Extra.
O ex-jogador lembra que, apesar do massacre, a delegação brasileira não ficou traumatizada.
- A Vila não foi evacuada. O fato aconteceu num prediozinho, que foi cercado. Continuamos dentro da Vila Olímpica, a vida seguiu. Eles fizeram o trabalho que tinha que ser feito, e a Vila continuou a ser usada.
Roberto Dinamite não comprou ingresso para assistir a nenhuma competição da Rio-2016. Mas torce pelo sucesso dos Jogos e para que as queixas contra a Vila Olímpica brasileira não sejam injustas, mas construtivas.
- Não tinha nada de excepcional (na Vila de Munique). Tinha uns prédios, uns apartamentozinhos. Foi tranquilo. O atleta quando está numa Olimpíada vive com o foco no trabalho e naquilo que ele vai disputar. Acho que aqui no Rio vai acontecer tudo da melhor maneira possível. Esse problema com relação a vazamento (na Vila)... Temos que gostar um pouco mais do nosso país. Tem problemas. Mas se você olhar outras partes do mundo, vai ver que há as mesmas dificuldades. A gente fica olhando os Estados Unidos... O americano, acima de tudo, gosta do país dele. Vamos gostar um pouco do nosso país - encerrou Dinamite.
Fonte: Blog Extracampo - Extra Online