Luan quer fazer história jogando as Olimpíadas em casa; veja vídeo

Terça-feira, 19/07/2016 - 12:56
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O Rio de Janeiro já está acostumado a ser um dos principais destinos turísticos do mundo. Durante o mês de agosto, porém, ele será ainda mais visado, pois todos os caminhos vão levar nativos dos quatro cantos do planeta para a Cidade Maravilhosa. Pela primeira vez, os Jogos Olímpicos serão disputados em solo carioca. A Seleção Brasileira terá um representante dos clubes do Rio em seu grupo: o zagueiro Luan, do Vasco.

Em entrevista ao site da CBF para a Série Papo Olímpico, o capixaba, que está há mais de dez anos no Rio, diz que já se sente carioca. Desta forma, vibra com a chance de disputar a Olimpíada no que já considera a sua casa. Com todo o apoio da torcida que a Seleção Brasileira vai receber, Luan espera fazer bonito e conquistar a inédita medalha de ouro.

– É uma felicidade. Não consigo descrever o que senti na convocação e estou sentindo até chegarem os jogos. Estou muito feliz, de verdade. Era uma meta que eu tinha na vida e na carreira e, graças a Deus, estou conseguindo alcançá-la. Vou estar na minha casa, como estou no Rio há dez anos sou um pouco carioca e um pouco capixaba, e não tenho dúvida de que o povo vai nos apoiar, todos os estados o brasileiro vão apoiar, pois não só nós, mas eles também querem esse ouro e a gente está muito motivado para fazer uma grande competição – afirma.

Enquanto não consegue descrever o que sentiu na hora da convocação, antes de chegar o horário da divulgação da lista Luan era pura ansiedade. O zagueiro revela o que estava fazendo no momento em que ouviu seu nome e mostra um lado cômico do acontecimento envolvendo o amigo Nenê, meia do Vasco.

– Estava na fisioterapia no Vasco, porque um dia antes eu tinha saído com dor na coluna do jogo. E estava deitado e fazendo acupuntura, sozinho na sala do médico, louco para que chegasse 11 horas e nada. Deu 10h, 10h30 e nada... Quando deu 11 horas eu coloquei no telefone (a transmissão). Quando saiu o meu nome eu comecei a chorar e depois não consegui fazer mais nada, pois o meu telefone não parou de tocar. A primeira pessoa que falei o Cícero, do Espírito Santo, meu melhor amigo. Logo que saiu o meu nome na lista ele me ligou para dar os parabéns. Aí depois veio o Nenê me abraçar e eu estava cheio de agulha, começou a balançar tudo e quase me furou todo! – conta, entre muitas risadas.

Como se diz no meio do futebol, Luan já tem moral com o chefe. Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado, o zagueiro foi o capitão da Seleção Brasileira sob o comando de Rogério Micale. O defensor mostra alegria por reencontrar o comandante que tanto o ensinou e o agradece por mais uma oportunidade.

– (Rogério Micale) É um cara super gente boa, correto e muito direto. Tudo o que achava de mim, ele chegava, olhava nos meus olhos e falava. Aprendi a ser assim, fico feliz de estar trabalhando com uma pessoa do nível dele, cara super inteligente e estou muito feliz. Mas não tem essa de muita moral com o chefe. Todos que estão indo vão brigar por posição, é sempre uma disputa sadia, mas fico feliz por ser lembrado e agradeço a ele – destaca.

Enquanto dava os primeiros passos no profissional do Vasco, Luan ouviu muitas comparações com Mauro Galvão, um dos grandes zagueiros da história cruzmaltina. O ex-defensor conquistou uma medalha de prata pela Seleção Brasileira, nos Jogos de Los Angeles, em 1984. Ao comentar sobre uma possível inspiração, o jovem elogiou o feito de Galvão, mas mostrou querer ainda mais.

– O Mauro, infelizmente, não o acompanhei, era criança, não entedia tanto de futebol, mas tive o prazer de trabalhar com ele depois, como diretor, e é uma pessoa fantástica. Consegui assistir alguns vídeos dele e é um prazer ser comparado a ele, além de responsabilidade grande pelo atleta que foi. Ele tem medalha a prata, parabéns, é uma grande conquista, mas quero ir além disso e conquistar o ouro – enfatiza.

A medalha de ouro olímpica é a única conquista que a Seleção Brasileira não tem. Ao comentar a possibilidade de entrar para a história canarinha em caso de sucesso, Luan mostra ainda mais confiança. O objetivo dele é usar o que considera o maior desafio de sua carreira para passar a ser atração no Museu da Seleção Brasileira.

– É o meu maior desafio. Estou super motivado e querendo que cheguem logo os jogos. É um ouro esperado por todos, não só por nós que vamos jogar, mas por todo o povo brasileiro, que quer muito esse ouro, e, como é a única coisa que falta para o futebol brasileiro, a gente vai tentar entrar aí no Museu (da Seleção Brasileira) para conquistar um pedacinho desse espaço e tenho certeza que vamos vai conseguir – finaliza.

A Série Papo Olímpico conversou com os 18 jogadores convocados pelo técnico Rogério Micale para a Olimpíada Rio 2016 e exibe uma entrevista por dia. Confira nesta quarta-feira (20) o bate-papo exclusivo com o zagueiro atacante Gabriel Jesus aqui em www.cbf.com.br.





Fonte: CBF